O ex-prefeito de São Gonçalo, Neilton Mulim foi preso na manhã desta quinta-feira (10), suspeito de fraude na iluminação pública do município, durante a operação “Apagão”, do Ministério Público (MP). Ele foi preso em casa, avaliada em mais de R$ 1,5 milhão em um condomínio de Maricá e levado para a delegacia da cidade para prestar depoimento.
A operação investiga irregularidades no processo de licitação, que ultrapassam mais de 40 milhões de reais. A ação cumpriu 11 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão contra políticos e empresários de São Gonçalo envolvidos no crime Ao todo, 10 pessoas já foram presas, incluindo o ex-secretário de Infraestrutura e Urbanismo do município, Francisco José Rangel de Moraes.
Uma equipe foi deslocada para a casa dos pais do político, onde foi encontrada uma mala com R$ 267 mil em dinheiro escondida em sacos plásticos velhos, ao lado de uma churrasqueira.
De acordo com as investigações, o esquema teria desviado R$ 40 milhões desde 2013, ano em que Neilton assumiu a prefeitura. O grupo também é acusado de irregularidades no processo de licitação para a contratação por parte do município da empresa Compillar Entretenimento Prestadora de Serviços Eireli.
O contrato foi feito para fornecimento de uma gestão informatizada de manutenção da iluminação pública, no valor de R$ 15,5 milhões um salto de 200% se comparado com o de R$ 5,8 milhões do contrato anterior. O acordo, de 12 meses, foi renovado por duas vezes.
Mulim foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer o exame de corpo de delito e transferido para a Cadeia Pública José Frederico Marques.