Uma equipe da Operação Lei Seca realizou no CEM Joana Benedicta Rangel, no Centro, uma palestra que abordou assuntos como álcool e direção, apresentou as ações do programa, além de depoimentos de vítimas de acidentes. O evento, iniciativa da Secretaria de Segurança, Ordem Pública e Trânsito, através da Coordenadoria de Educação para o Trânsito, foi destinado aos 60 alunos da unidade que participam do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Maricá. A iniciativa contou com a participação de cadeirantes, vítimas de acidentes, que expuseram suas histórias com o objetivo de conscientizar os alunos e professores a respeito da necessidade de mudança de comportamento para um trânsito mais humano e seguro.
Para Tânia de Carvalho, diretora adjunta do CEM Joana Benedicta Rangel, esse tipo de ação só vem a agregar conhecimento para os alunos do EJA. “Já estou vendo a possibilidade de agendar essa palestra para outras turmas. Espero que esses alunos absorvam o máximo de conhecimento possível e que façam uma reflexão a respeito da segurança, do trânsito seguro e da própria vida”, disse a diretora.
Segundo Raquel Lima, coordenadora de Educação para o Trânsito, a projeto vai circular por todas as escolas do município que possuem turmas do EJA após a Semana do Trânsito, que vai até dia 25/09. “O evento de hoje dá início a uma nova fase do nosso projeto. A mesma atividade de forma itinerante”, sinalizou. “Além dessa palestra educativa também levaremos para essas mesmas escolas o game do nosso mascote Simarito”, completou, referindo-se ao game para smartphones com sistema Android já disponível para downloads. O game, que é gratuito, foi totalmente criado pela Coordenação de Comunicação a pedido da Secretaria de Segurança e Trânsito e levou cerca de três meses para o desenvolvimento. A plataforma usa as normas de trânsito como base e elementos paisagísticos e urbanísticos de Maricá como cenário.
O agente da Operação Lei Seca, Marajó do Nascimento, de 54 anos, que há 36 anos é cadeirante, falou sobre o acidente que quase lhe tirou a vida. “Nossa missão aqui é conscientizar para salvar vidas, por isso é muito importante esse tipo de ação. Quando me acidentei eu tinha apenas 17 anos e quando algo assim acontece não afeta só quem se acidenta, afeta toda a família. Eu perdi muita coisa, passei 10 anos da minha vida preso, pois morava em uma casa não adaptada, então foi tudo muito difícil”, recordou. “Mesmo que nem todos aqui dirijam, certamente interagem diariamente com o trânsito e poder passar para esses jovens um pouco da minha história, deixando claro que álcool e direção definitivamente não combinam me faz sentir bem. Ao saírem daqui esses alunos também serão agentes multiplicadores de informação”, frisou Marajó.
De acordo com o chefe de equipe, o agente Wallace Santos, a Operação Lei Seca, é uma política pública permanente do governo do estado que tem como objetivo realizar um trabalho educativo de conscientização sobre todos os riscos da combinação álcool e direção. Além da palestra e dos depoimentos a ação contou com a participação dos alunos em dinâmicas, das quais, voluntários assopraram o bafômetro e simularam, com um óculos especial, a sensação de realizar atividades motoras alcoolizados.
A aluna Eliana Rocha, de 29 anos, moradora de Bambuí, falou sobre a experiência. “Achei que tudo que foi abordado veio no momento certo. Estou sempre tendo informações a respeito de acidentes de trânsito na cidade e principalmente aos finais de semana e esse tipo de atividade serve de alerta e nos faz refletir. Eu não dirijo, mas sei que posso multiplicar o que eu vi aqui hoje com quem dirige e quem sabe evitar um acidente”, analisou. “Nunca tinha soprado um bafômetro e a experiência foi muito bacana. Espero que tenhamos mais eventos assim”, desejou Eliana.
Fotos: Clarildo Menezes
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