O Projeto Nós dançantes que completou 4 anos em 2019, fechou mais um ano de atividades com espetáculo “Vitória Régia”, no Centro de Arte e Esportes Unificados (CEU)no bairro Mumbuca. Coordenado pelo coreógrafo e professor Leandro da Silva, o espetáculo fez parte do encerramento das atividades, desse ano do projeto. Foram duas apresentações com o público lotando as duas seções.
O projeto atende 56 crianças e jovens de 4 a 21 anos com aulas de jazz, ballet, dança moderna e contemporânea. Segundo Leandro, não existe processo de seleção e nem obrigatoriedade alguma quanto às aulas colocadas à disposição das crianças, ou seja, cada uma escolhe a atividade que mais se identifica.Somente é exigido o compromisso com o projeto através da disciplina e frequência nas aulas, que elas passem por um exame médico e fisioterapêutico e estejam matriculadas em escola da rede pública ou particular. “Esse compromisso também é vinculado aos responsáveis das crianças, pois o trabalho também é estendido a eles através de nossas idas aos teatros, através de aulas práticas e teóricas para eles com profissionais contratados especificamente com este intuito de fortalecer os laços e vínculos familiares, criando um fator comum de interesse entre a criança e o adulto que responde como seu responsável”, comentou.
A deputada estadual Zeidan parabenizou o Prefeito Fabiano Horta, a secretária Andrea Cunha e à equipe incansável da Coordenação de Dança.”Agradeço a prefeitura de Maricá e a todos os pais e alunos que nos proporcionaram esse belíssimo espetáculo da “Vitoria Régia”, em tempos em que se destrói a Amazônia. Como primeira dama ainda na gestão do prefeito Quaquá dei todo o apoio e incentivo a esse Projeto de Balé, de onde partiu a criação do projeto de dança para todos”, relembra.
Luciana Felix, mãe do aluno Walmir Felix de Oliveira, de 11 anos, conta que ele está no projeto desde o começo do ano. “Eu moro na Mumbuca. Fui procurar atividades pra ele fazer, pois trabalho muito e não gosto que ele fique o tempo todo no celular. Aí conheci esse projeto e como ele ama dançar, decidi matriculá-lo”, relatou.
No dia do espetáculo Luciana conta que ficou muito nervosa porque ele nunca havia se apresentado antes, mas foi muito legal. “Como mãe foi muito gratificante. Ver o resultado de tanto esforço e dedicação. Ver que seu filho está amadurecendo me deixa muito orgulhosa”, finalizou.
Ana Carla Mataruna tem duas filhas, Roberta de 13 anos e Rafaela, de 11 anos. As meninas fazem parte do projeto há dois anos e ficaram muito felizes em participar do espetáculo. “Foram muitos ensaios, muito empenho e quando vem o resultado de todo esforço num espetáculo lindo como foi, se sentiram realizadas. Para a família, foi encantador. O tema do espetáculo traz um conteúdo poético e cultural. Isso também traz para os bailarinos além do conhecimento de dança, do investimento na saúde física , traz bagagem cultural. Lindo espetáculo”, disse.
Roberta tem síndrome de down e segundo sua mãe, iniciou naturalmente mais uma atividade entre outras que já faz e logo se interessou muito. “Antes de iniciar qualquer atividade, sempre informo ao professor e a equipe que ela tem síndrome de Down e pergunto objetivamente se isso é uma condição possível para o desenvolvimento seu trabalho. E mais uma vez, tivemos uma ótima recepção no projeto, que abraçou essa questão”, comentou.
Ainda segundo ela, a evolução da Roberta tem sido admirável e tem refletido em outros aspectos da sua vida como compromisso, disciplina, esforço para conseguir o que quer.”Temos q ressaltar a habilidade, observação e empenho do professor em buscar dela o que tem de melhor para oferecer, desenvolvendo a autoconfiança, reforçando assim sua autoestima. A dança contribuindo para a formação do indivíduo”, relatou.
Esse é mais um projeto que mostra como a cultura pode ser inclusiva, unindo as pessoas e transformando vidas.
Fotos: Divulgação
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