Marilá é uma província fictícia e qualquer semelhança com o município de cá é mera coincidência.
LEVANTE PLEBEU
Estamos de volta com nossa vila de Marilá, que continua muito parecida com a de cá, mas garantimos que qualquer semelhança não passa de mera coincidência. Em nossa última estória contamos um pouco sobre as mudanças que nossa vila passou nos últimos tempos. Hoje, revisitaremos um pouco do passado lembrando de um acontecimento do início
da cadeia de mudanças, da época feudal de Marilá.
Nessa época, os educandários públicos não iam bem. Não tinham estrutura adequada para as classes, seus docentes recebiam mal, os aprendizes não se interessavam pelas aulas. Um cenário que o leitor pode até achar comum em quase todas as vilas, medievais ou não. Porém, nossa estória tem algo de diferente. Os docentes, cansados de esperar as melhorias caírem do céu, foram cobrar do alcaide melhores condições de ensinamento. Encontraram apoio entre os alunos, que também estavam insatisfeitos. Um dos alunos mais bagunceiros se chamava QuasQuas, e viria a ser líder da revolução de
anos depois.
Os professores junto com QuasQuas e os outros alunos, decidiram fazer uma manifestação. Um ato simbólico pra marcar a morte da educação. Organizaram um ato fúnebre, um enterro. Mas não enterraram qualquer um, enterraram simbolicamente o alcaide. E ainda tiveram o disparate de ir até o Castelo da administração da vila com o caixão para conversar com o falecido. O mesmo enxotou os subversivos do Paço Municipal, botou todos pra correr e a situação dos educandários continuou a mesma.
Porém, esse causo ficou marcado na memória de nossa pequena vila. E serviu de inspiração para movimentos posteriores e para a posterior revolução que derrubou a elite marilaense. Ficaremos por aqui.
Retornaremos em breve com mais estórias de nossa cidade de lá.