spot_img

Leia a nossa última edição

Fauna maricaense em foco: conhecendo as câmeras do projeto Mofama

Duas armadilhas fotográficas bem posicionadas ao fundo da mata intocada do Espraiado,
que podem ser acionadas através de movimento a qualquer hora do dia ou da noite. Essas
são as ferramentas utilizadas pelo Monitoramento de Fauna de Maricá (Mofama), projeto da
cidade de Maricá que flagra uma média de 10 animais diferentes por mês, dentre eles,
espécies raras como a onça parda e o gato-maracajá, nas áreas naturais protegidas do
Espraiado.
A iniciativa é resultado de um trabalho realizado pela Secretaria de Cidade Sustentável,
com o objetivo de estudar a fauna local através da coleta de informações e de imagens.
Dessa forma, é possível pensar em estratégias para informar a população sobre a presença
dos animais e para incentivar a comunidade local a preservar o meio ambiente. Além disso,
os registros feitos pelas câmeras são reunidos e inseridos em uma base de dados que
ficará à disposição para pesquisas e outros projetos ecológicos futuros, como
reflorestamento e reintrodução de espécies, por exemplo.
Uma das idealizadoras do projeto, Juliana Assis ocupa a atual gestão da unidade de
conservação do Espraiado e acompanha de perto o trabalho do Mofama. Segundo a
gestora, já foram avistadas diversas espécies de animais, como: onça-parda, maracajá,
tatu, tamanduá-mirim, gambá, callithrix, entre outros.
“Fazer o registro da onça e do maracajá foi surpreendente! São animais que estavam
desaparecidos na região e, conseguir registrar sua presença confirma o quanto o local está
preservado e com alimentos importantes para eles.”, comemora a ambientalista.
O Mofama conseguiu captar imagens da onça-parda em setembro, novembro e dezembro
de 2021, e o gato-maracajá, em fevereiro do mesmo ano. Essa espécie de onça estava
extinta há mais de 100 anos na região e sua aparição foi muito comemorada por
ambientalistas, além de virar notícia de destaque nos grandes veículos de comunicação do
estado e do país. O maracajá também era considerado extinto na região costeira, seu
antigo habitat. O felino selvagem é considerado um dos animais mais bonitos da fauna
brasileira.
As câmeras ficam instaladas na mata por cerca de 21 a 30 dias e registram uma média de
10 diferentes animais todo mês. O equipamento é reinstalado cerca de 3 a 5 dias depois,
em um novo ponto de observação.

Matéria por Gabriela Rodrigues (disponivel na edição de agosto da Revista Maricá Já)

Últimas Noticias

LEIA MAIS