Maricá garante sua representatividade com a eleição de Quaquá e Zeidan

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Foto: divulgação

Maricá garantiu sua representação no estado do Rio de Janeiro e em Brasília, com as eleições de Rosangela Zeidan e Washington Quaquá, candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT). Zeidan foi reeleita para seu terceiro mandato como deputada estadual e Quaquá foi eleito deputado federal. As posses de ambos acontecem nesta quarta-feira (1).

Quaquá conquistou a vaga no Congresso Nacional com mais de 113 mil votos. Foi o deputado federal mais votado em Maricá para ocupar um cargo na Câmara dos Deputados. Quaquá também teve uma votação expressiva na cidade do Rio, representando seu trabalho nas favelas. Ao todo, obteve 29.766 votos.

Zeidan garantiu sua reeleição com uma grande expectativa. Está apta para cumprir o terceiro mandato na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Obteve mais de 50 mil votos, sendo 17.778 votos em Maricá, o que a tornou a candidata mais votada para o cargo que disputava.

Figuras conhecidas na cidade, os deputados eleitos, são os responsáveis pelas transformações realizadas em Maricá na última década e terão ainda mais voz para buscar melhorias para o município.

Um homem admirável. Com vocês, Washington Quaquá

Washington Luiz Cardoso Siqueira, o Quaquá, nasceu em Niterói em 31 de maio de 1971. De família pobre, cresceu na favela do Caramujo e tinha tudo para ser apenas mais um rosto no meio da multidão. É claro que ele não queria isso. Se envolveu na luta política de esquerda aos 14 anos de idade, em 1985, integrando a direção estadual em 1990. Atualmente, é membro da Comissão Executiva Nacional do PT, onde ocupa a vice-presidência do partido.

Elegeu-se prefeito de Maricá em 2008, tornando-se o prefeito mais votado na história da cidade com 63% dos votos válidos. Na época, Maricá era esquecida, dominada pelos interesses de uma família, proprietária da única empresa de ônibus que circulava na cidade.

Mas Quaquá não se intimidou. Assumiu a prefeitura à luz de velas, devido a milhões de reais em dívidas deixadas por seu antecessor. E deu início ao processo de transformação administrativo e político que muitos achavam impossível de acontecer.

Nos oitos anos em que esteve à frente da Prefeitura de Maricá, Quaquá foi o responsável por uma verdadeira revolução, mudando totalmente a cara da cidade, não só no que diz respeito às paisagens urbanas, com a realização de serviços de drenagem e pavimentação, mas também na construção de escolas, na implantação do ensino integral, dos ônibus gratuitos, na construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã e do Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara em São José do Imbassaí.

Tido como louco quando levantou o debate da moeda social mumbuca, a partir do conceito de economia circular, com a valorização do comércio e dos serviços locais e de uma política pública de geração e distribuição de renda para a população, foi reeleito em 2012. A tal moeda social, beneficia mais de 14 mil famílias nos dias de hoje.

Sob sua administração, o município começou a construir uma política de desenvolvimento econômico pós petróleo. Com destaque para um grande projeto portuário e outro turístico, com cinco resorts e cinco estrelas.

Quaquá deixou a Prefeitura de Maricá em 2016 com 93% de aprovação, após eleger seu sucessor, o Deputado Federal e ex-presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Fabiano Horta, que está em seu segundo mandato.

Casado com Gabriela Lopes, Quaquá é pai do braço direito de Horta, o vice-prefeito Diego Zeidan, e de Helena, de apenas dois anos. Agora, como deputado federal, ele vai levar para todo o estado do Rio de Janeiro, as políticas públicas que transformaram Maricá em referência de gestão e qualidade de vida para todo o país.

Ela é a voz feminina que representa Maricá. Ela é Rosangela Zeidan

Ela foi por duas vezes, a Deputada Estadual do PT que obteve a maior votação no estado do Rio de Janeiro. Foram 60.810 votos em 2014 e 48.806 votos em 2018. 
Jornalista e psicóloga, Rosangela Zeidan é filha de nordestinos. Nasceu na Baixada Fluminense, onde começou na política como militante das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Também atuou na Juventude Operária Católica e no Movimento de Mulheres.

De Nova Iguaçu, mudou-se para Maricá, onde mora há mais de 20 anos. Foi casada com Washington Quaquá, com quem teve Diego, o filho caçula que a presenteou com os amores de sua vida, os netos Luiz e Alice. Zeidan também é mãe de Felipe, seu primogênito, fruto do casamento com Derli Silveira.
Secretária de Direitos Humanos e secretária executiva, auxiliou Quaquá na execução de diversos programas sociais, como o transporte gratuito e a Casa da Primeira à Terceira Idade.

Após passar pela experiência na administração municipal, viu a necessidade que a cidade tinha em ter um representante na Assembleia Legislativa e passou a atuar em prol de todo o estado, levando para outras cidades as políticas públicas de Maricá.

Em 2017, foi uma das campeãs de proposições (projetos e indicações), se destacando na quarta posição entre os deputados. 
Seu primeiro ato, ao tomar posse no segundo mandato, em 2019, foi protocolar a CPI da Enel da Light instalada em março de 2020 e foi concluída em novembro, com 126 medidas para a melhoria das concessionárias.

A parlamentar sempre votou em defesa dos interesses da população; atuou em defesa dos municípios do interior, e não apenas de sua cidade, Maricá, propôs as CPIs para investigar o lobby da Fetranspor; os desvios no Bilhete Único e Riocard; além das denúncias de superfaturamento das obras do Maracanã e da Linha 4 do Metrô. Votou também contra todas as manobras do chamado “pacote de maldades do Pezão”, sempre em defesa do funcionalismo público estadual.

Durante a Pandemia, aprovou diversas leis e uma iniciativa sua, através de uma emenda legislativa, foi a criação da comissão especial para fiscalizar os gastos do Estado no combate à pandemia do coronavírus. A medida foi incluída na Lei 8794/2020, que reconheceu a calamidade na saúde pública, com a promulgação de dois vetos do governador, derrubados pelos deputados da Alerj.

Na área cultural, é autora das leis que entraram em vigor em 2019 que declaram o movimento charme como bem cultural de natureza imaterial; o forró, o samba e a Tapeçaria do Espraiado como patrimônio cultural imaterial.

Zeidan tem lutado arduamente em defesa das mulheres e é autora de leis importantes como o Observatório do Feminicídio. Além disso, é coautora da lei que institui a política estadual de economia solidária no Estado do Rio de Janeiro; é autora da lei que cria a política de turismo comunitário que beneficia o empreendedorismo na área, apostando no turismo como forma de alavancar a economia e ao mesmo tempo dar oportunidades de trabalho e renda.

Líder da bancada do PT; preside a Comissão de Política Urbana, Habitação e Assuntos Fundiários e é vice-presidente da Comissão de Turismo da Alerj nesta nova legislatura, assim como no primeiro mandato. 

Matéria com colaboração da jornalista Elaine Nunes.

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