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Lagomar: a piscina natural cristalina que atrai centenas de turistas em Maricá

Por: Elaine Nunes 

As belezas naturais de Maricá atraem muitos turistas para as lagoas e praias da cidade durante todos os meses do ano. É difícil escolher o local mais aconchegante e bonito para se banhar, registrar aquela foto ou acumular momentos inesquecíveis com os amigos e familiares.Afinal, são 46 km de extensão de Itaipuaçu a Jaconé. Dezenas de orlas que encantam com suas belezas. Entre elas estão: a Praia de Cordeirinho, a Praia de Guaratiba, a Praia do Recanto (Itaipuaçu), a Praia da Barra e a Praia de Ponta Negra. Cada local possui peculiaridades, fauna e flora específicas.

Embora bastante diferentes, esses locais têm algo em comum. Volta e meia são visitadas por um fenômeno que as deixa ainda mais reluzentes e atraentes, tanto para os adultos quanto para as crianças, o lagomar. Mas afinal, o que é o lagomar?O lagomar acontece, geralmente, após o período de ressaca. As ondas invadem a areia e formam verdadeiros piscinões ao longo da praia, podendo se estender por quilômetros. Em alguns trechos, a maré fica mais alta, criando um imenso “rio” de ponta a ponta entre a faixa de areia e a arrebentação das ondas. Isso acaba atraindo muitas crianças, devido à sua calmaria e tranquilidade. Ali, elas sabem que podem brincar e se esbaldar, autorizadas pelos pais e responsáveis.“A ressaca é o aumento atípico do nível do mar combinado a ondas mais altas do que o normal, em meio aquele mar agitado característico de tempestades, sendo geradas por grandes tempestades acompanhadas por ventos fortes próximo à zona costeira. As ondas, ao se aproximarem da praia, quebram e invadem a faixa de praia, formando verdadeiros piscinões”, explica Gabriele Silva, hidróloga da Defesa Civil de Maricá.

A piscina natural cristalina, formada pelas águas do mar, reúne moradores e turistas em várias épocas do ano. E não é difícil de entender o porquê. Com praias de tombo, ou seja, de areia grossa e funda logo que o banhista entra no mar, o perigo de afogamento é iminente até para quem sabe nadar. Há ainda os perigos da corrente de retorno, que “puxa” o banhista para dentro do mar.Com muitas “valas” e os frequentes episódios de afogamento, mergulhar nas Praias de Maricá acaba se tornando cada vez mais desaconselhável. Para não tomar aquele banho de baldinho, cabe-nos aproveitar o fenômeno do lagomar. É o que fazem Raquel Braga, 28 anos, e seu filho Ben, de 2 anos e seis meses.“Eu gosto muito de quando tem lagomar, porque é uma oportunidade do meu filho brincar com água sem estar dentro do mar.  Eu não sei nadar e fico muito aflita de deixá-lo entrar no mar com algum adulto. Não tenho tanta confiança. Então, quando tem o lagomar é o momento que eu posso brincar com ele, ali, com mais segurança. É claro, sempre atenta ao que está acontecendo, mas é um momento de muita diversão e a gente gosta muito quando acontece ali na Barra, que é uma das praias que sempre vamos”, declara Raquel Braga, que mora em São José do Imbassaí.

“Ter ido no lagomar foi uma das melhores sensações da minha vida. Eu estava com uma amiga e nós duas temos muito medo da força do mar, dele nos puxar, de tomar caixote. Mas quando a gente viu aquele lagomar formado, ficou tranquila. Pudemos aproveitar o dia lindo que fez. Foi muito divertido! E é uma área que é formada pela natureza, mas que ao mesmo tempo, traz uma segurança para a gente de poder brincar, curtir o momento sabendo que não vai acontecer nada, porque não tem perigo. Foi uma riqueza mesmo que a natureza deu para a gente”, completa a estudante de Jornalismo, Laura Rosa, 24 anos, que mora em Campo Grande, na Zona Oeste carioca.

Profissional da área de turismo há 7 anos e moradora da Zona Norte do Rio de Janeiro, Bárbara Mary, 27 anos, frequenta Maricá há mais de 10 anos, mas sempre como turista.“Frequento a casa de amigos e tenho várias experiências boas na cidade. Tenho acompanhado o crescimento da cidade, a implementação das bicicletas, a orla. Acho muito importante no viés turístico isso, inclusive o lagomar que, como fenômeno natural, eu acho muito legal para as crianças e para os mais velhos que não conseguem mais se aventurar ao mar. Além de ser uma experiência diferente. As praias de Maricá, Ponta Negra e Itacoatiara são as minhas preferidas. Eu recomendo a visita”, avalia Bárbara.

Fotos: Adriano Marçal

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