A 8ª Festa Literária Internacional de Maricá (Flim) recebeu no domingo (24/09) a primeira roda de conversa internacional, que teve como tema “Teias Literárias entre Brasil e África”, com a participação do escritor de Guiné-Bissau, Eliseu Banori, e dos escritores e professores Rodrigo Santos e Sandra Gurgel, além dos mediadores Andréia Cunha e João do Corujão.
Os convidados falaram um pouco da proximidade do Brasil e África e a teia que envolve toda a literatura, formando o multiculturalismo. O secretário de Educação de Maricá, Márcio Jardim, destacou sobre a vertente internacional e internacionalista da festa literária.
“A Flim é uma festa literária de caráter internacional e hoje acontece a primeira roda de conversa com o autor Banori, de Guiné-Bissau, que discute essas teias, esse elo de Brasil e África. Esse diálogo que é necessário e permanente. Toda a nossa ancestralidade africana, toda a nossa carga de riqueza na cultura, na música, na ciência e na literatura. Ela precisa ser reafirmada a cada momento e a cada instante. Essa roda de conversa tem a intenção em manter uma vertente internacional e internacionalista da festa literária, que não pode perder nunca. Nós estamos muito felizes com a presença do Banori. Ele é um grande escritor da atualidade e vem para enriquecer ainda mais, trazer ainda mais grandeza à nossa festa literária”, disse.
O escritor Eliseu Banori ressaltou a dimensão entre povos, de diversos continentes, independente das suas condições político-ideológicas e religiosas.
“Todos formamos uma humanidade. Esse diálogo entre nações, entre povos, entre culturas é muito importante. Teias Literárias entre Brasil e África é uma perspectiva importante, é uma luta para acabar com os apagamentos. A leitura é uma forma de reagir e de lutar contra todos os apagamentos da sociedade. Essa literatura, como você fala, é porque são diversos problemas e nós, como escritores, precisamos trazer esses problemas e procurar soluções. Os meus livros são uma espécie de lupa para ajudar a minha sociedade e que serviu também para a sociedade brasileira”, contou.
Os professores e escritores Rodrigo Santos e Sandra Gurgel também falaram da ancestralidade e a teia entre Brasil e África, abordando o cotidiano.