Catálogo da produção literária de Maricá

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            O Primeiro documento literário de Maricá R.J. foi a Pesca Miraculosa na Lagoa de Araçatiba 1984. Padre José de Anchieta, hoje São José de Anchieta, canonizado pelo Papa Francisco em 03/04/2014. “Celebrando a missa diariamente o Padre Anchieta anima os pescadores: “Jogai as vossas redes”! Os peixes abundantemente encheram às redes e os índios começaram a puxá-las. Os peixes pulavam enredados nas malhas. Às areis da lagoa iam ficando coalhadas de peixes. Anchieta acompanhava a euforia dos índios, rezando baixinho, agradecendo a Deus aquele milagre. Terminava a fome na aldeia. “Renova-se em nossa A Pesca miraculosa” 1584. Belchior Tavares que exercia o ofício de Tabelião na cidade do Rio de Janeiro registrou que Diogo Martins Mourão, casado com Francisca de Serrão doou, em 1627, uma légua de terras aos beneditinos em Maricá.

Os monges beneditinos estabeleceram em Maricá ainda no século XVII, tornando-se grandes latifundiários de terras, com destaque para a fazenda Itaocaia. A presença da Ordem em Maricá está associada à exploração de lavouras de cana-de -açúcar e café, com a utilização da mão de obra escravizada, e também foi responsável peal construção da primeira igreja da região, que se tornaria Freguesia de Santa Maria de Maricá.

O beneditino Frei Jacinto da Trindade, descendentes “dos nobres mais distintos da terra”. Professor no Rio de Janeiro, no ano de 1664. Tornou- se Mestre de noviços na fazenda São Bento em Maricá. Em suas aulas administrava que São Bento deixou explicitamente em sua regra, três votos que todo monge beneditino deveria vivenciar: a obediência, a estabilidade e a conversão dos costumes. Já o beneditino Frei Martinho da Conceição nascido em Maricá exercia a profissão de Mestre de música aos novatos da Fazenda. Levava seus discípulos caminhando pelo litoral de Maricá até a Gruta da Sacristia onde realizavam cânticos, Cantos Marianos como: Magnificat e Antifonas de Nossa Senhora e cântico do ordinário da Missa como Kyrie e Glória.

No século XIX a Literatura maricaense é premiada com os registros do naturalista Maximiliano de Wied- Neuwied “…. Aproximam-nos agora de uma cadeia de montanhas, serra de Inõa. Entrei num profundo Vale, em que a água muito límpida ora corre sobre um leito de pedra,ora descansa sobre lagoa tranquila. Por toda parte as palmeiras e as magníficas árvores da região entrelaçam tanto com as trepadeiras que parecem uma mulher verdejante. Quando atingimos o alto da serra de Inõa, vimos acima das árvores numerosos papagaios Era o papagaio de cabeça vermelha e o pequeno macaco-prego vermelho conhecido como Mariquina.Esse belo animalzinho é chamado de Sauí- Vermelho…. Continuando a viagem, descemos a uma aprazível região campestre e passamos a noite na Fazenda de Inõa.”

A literatura do século 20 em Maricá é marcada pela literatura popular e folclórica, com destaque para o “Boizinho Condé”, uma história criada pelo Dr. Orlando de Barros Pimentel, que era utilizada em tratamentos de saúde mental no Hospital Municipal Conde Modesto.

Boizinho Condé”: Essa é a mais conhecida expressão literária popular de Maricá no século 20. A história, originada no Hospital Municipal Conde Modesto, reflete o saber popular e a forma como o conhecimento era utilizado para o bem-estar dos pacientes, utilizando elementos da cultura local para cria um ambiente terapêutico.

A Literatura de Maricá engloba no séc XX conjunto de obras escritas como: ” Notas para a história de Maricá ” do autor Eduardo Figueiredo. ” Maricá meu amor”. Escrito pelo padre Paulo Batista Machado 1977. ” Contando a história de Maricá”. Historiador César Brum. ” Compêndios da história de Maricá” Alexandrai Lambraki. E a importância da trova como porta de entrada na poesia, a trovadora de Maricá  M. Jardim nascida  na própria cidade é a intérprete das esperanças, a paladina do amor, humorista e alegre.

A importância da Revista Maricá Já com literatura reside no seu papel de divulgar e valorizar a produção cultural e literária local, regional e nacional, promovendo o acesso à cultura e ao conhecimento, estimulando o senso crítico e a formação de leitores e consolidando a cidade como um polo cultural. A revista contribui para a construção da identidade local ao apresentar a história e a cultura de Maricá, além de servir como um registro de diferentes vozes para a comunidade.

Em 2013 é inaugurada pelo Prefeito QuaQuá e a Secretária de Educação Adriana Costa a famosa FLIM.

Sim, a Festa Literária Internacional de Maricá (FLIM) é reconhecida como um grande sucesso ao longo dos anos, atraindo um público cada vez maior, gerando empregos e impactando a economia local por meio da venda de livros e da distribuição de vales-livros para alunos, professores e funcionários da educação.

O poema “Luar de Maricá” tem uma linha que remete ao nome: “Na canção da passarada leva a gente ao madrigal. Quanto amor quanta poesia cai a tarde devagar. No luar de Maricá nas ondas do lago pra lá e pra cá” A canção é um tributo a Maricá, exaltando a beleza da cidade, com as ondas do lago e a luz do luar. Mário Barreto França

Pesquisadas pelas Historiadoras: Maria Penha Historiadora e Renata Toledo