A vacinação de idosos contra o vírus influenza (H1N1) vai até maio em Maricá. As equipes da Coordenação de Imunização da Secretaria de Saúde seguem percorrendo diferentes áreas da cidade.
Inicialmente marcado para abril, o período da aplicação das doses foi antecipado neste ano e começou em março, em razão da pandemia da COVID-19. Até o início da noite desta terça-feira (31/03), foram imunizados um total de 10.621 idosos, de um total de 18 mil idosos previstos. O resultado é ainda mais significativo quando se sabe que a ação é toda realizada em domicílio, por equipes da Prefeitura que atuam em vários bairros, alcançando todo o território municipal.
De acordo com a coordenação, a orientação é ir a todas as partes do município onde houver um idoso a ser vacinado. Por isso, foi decidido que a aplicação das doses para este público vai continuar de forma independente do calendário previsto, até que todos recebam a vacina. A imunização em casa também será mantida.
“Não se trata apenas do número de idosos e nem apenas a vacinação. Em cada visita, as equipes aproveitam para fazer um levantamento da assistência que é prestada àquele paciente, para saber, por exemplo, se ele está tendo a medicação adequada. Levando em conta que é preciso repor as doses, creio que será o tempo que precisamos”, avaliou a enfermeira responsável Glenda Portugal, lembrando que uma das metas é chegar àqueles que têm dificuldade de locomoção, como os acamados e os chamados ‘super-idosos’, na faixa dos 90 anos.
No dia 16 deste mês, o público-alvo passa a ser os professores das escolas públicas e privadas e também os profissionais das forças de segurança e salvamento. A partir de 9 de maio, a vacina começa a chegar a crianças de 6 meses até menores de 6 anos de idade, doentes crônicos, gestantes, povos indígenas e adultos de 55 a 59 anos de idade, além de adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional. Em todo esse período, segue a vacinação dos idosos.
Neste último dia de março, parte das equipes de vacinação atuou em alguns condomínios próximos ao Centro da cidade, o que deve continuar ao longo desta semana.
“Isso é a salvação de muitos desses velhinhos, porque não está sendo preciso se expor a uma aglomeração. Foi muito bom para nós”, observou o advogado Ismar Muniz de Andrade, que tem 65 anos e se coloca no grupo de risco da Covid-19, como cardíaco e fumante.
A esposa dele, Maria Terezinha de Andrade, que afirmou ser diabética e hipertensa, também agradeceu pela vacinação em casa. “Foi ótimo eles virem aqui, a gente não precisou sair e se arriscar”, ponderou.
Fotos: Clarildo Menezes
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