Cerveja e gentileza

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O cearense Francisco das Chagas, o “Baixinho”, conta um pouco da sua história de vida e trabalho na cidade

Por Mariana Mello

Viana para alguns ou “Baixinho” como foi apelidado carinhosamente pelos frequentadores do tradicional Bar do Cabeça, na praça Orlando de Barros Pimentel. O querido e conhecido garçom da cidade, Francisco das Chagas Viana Tavares carrega uma história de dificuldades e superação.

Nascido no Ceará e filho único, como ele mesmo disse, “contrariando a natureza das famílias cearenses que muitas vezes tinham 15 filhos”.

Foi aos 18 anos que deixou os avós e a mãe para tentar a vida no Rio de Janeiro. Com “cara e coragem”, saiu de casa para se hospedar na casa de parentes que viviam na cidade e entrou no ramo de garçom. Foi seu talento em tratar os clientes que o fizeram ter a oportunidade de trabalhar em uma empresa por 10 anos, onde segundo ele, foi uma experiência de aprendizado e lapidação nessa profissão que desempenha com muito amor até hoje.

Pai de três filhos, fala com muito orgulho sobre ter suas filhas formadas e sobre o caçulinha Arthur, de 10 anos, aluno da Escola Municipal Maurício Antunes, que sonha em ser jogador de futebol e já se dedica a esse esporte. “O estudo é o fator principal, não consegui dar continuidade na minha época, porque o tempo era curto e precisava trabalhar. Acho o ensino superior muito importante e sempre incentivei meus filhos.”

Em 1997, Baixinho veio morar em Maricá na busca por uma cidade mais tranquila e livre da violência, desde então é morador do Saco das Flores. “Quando cheguei, fui trabalhar em um hotel que existia perto da igreja de Nossa Senhora do Amparo, depois trabalhei no supermercado Gaúcha, tive um pouco de dificuldade de trabalhar como garçom por ser um nicho muito fechado para as pessoas daqui, mas consegui”, conta sobre sua trajetória profissional na cidade.

Funcionário do Bar do Cabeça há 3 anos, considera o trabalho sua segunda casa e se diz muito feliz com as amizades que conquistou por lá. “Tenho uma relação muito boa com os clientes, sou muito grato por esse carinho, principalmente pelos jovens! Tenho orgulho de conhecer pessoas diferentes e envolvidas com cultura”, diz Baixinho.

Um apaixonado por Maricá, assim é “Baixinho”, esse cearense arretado e que tem a satisfação de exercer seu ofício. Durante toda conversa vimos o brilho nos olhos ao falar sobre os filhos e a alegria ao contar sobre as amizades que conquistou e pelas batalhas travadas para sua vitória na vida. Ele é daqueles que nos dá orgulho em conhecer!

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