“Espaço Raul de Barros” é inaugurado pelo Maricá das Artes, no Centro

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Foto: Clarildo Menezes

Espaço cultural será um ponto de encontro e debates para artistas da cidade

O programa Maricá das Artes inaugurou nesta quinta-feira (08/08) o Espaço Raul de Barros, no Centro da cidade. A proposta do espaço cultural é ser um ponto de encontro e debates para os artistas da cidade, com objetivo de estabelecer conexões entre as diversas formas de expressão artísticas, como artes visuais, literatura, música e dança.

“O objetivo é que o lugar funcione para os entusiastas da cultura maricaense e todos que queiram estar aqui. Esse espaço é uma homenagem ao grande Raul de Barros e aqui temos alguns itens do acervo dele”, disse o secretário de Cultura, Leandro Dasilva, acrescentando que Raul de Barros, ao longo da sua trajetória, tocou na companhia de grandes nomes da música brasileira e morou em Maricá.

Os encontros, a partir de setembro, acontecerão quinzenalmente nos dias 5 e 19 de setembro e 3 e 17 de outubro. A ideia é que toda a proposta e dinâmica seja construída pelos próprios artistas, buscando também a troca de saberes e a elaboração de um espaço de encontro para os artistas da cidade.

O Espaço Raul de Barros fica polo Centro do programa Maricá das Artes, localizado na Rua Adelaide Bezerra, 353 – Centro.

Carreira do Raul de Barros

Raul de Barros iniciou seus estudos musicais nos anos de 1930, tendo aulas com Ivo Coutinho. Em 1935, ele iniciou a carreira de músico tocando em clubes de bairros e subúrbios do Rio de Janeiro. Ele chegou à Radio Tupi após conhecer o maestro Carioca. O músico criou o chamado “estilo do trombonista de gafieira”

No início da década de 1940, o maestro passou a acompanhar cantores em gravações e excursionou por Montevidéu, Uruguai, passando em seguida para a Rádio Globo, onde formou sua própria orquestra, tocando no programa “Trem da Alegria”.

Foi num concurso promovido pelo crítico Ary Vasconcelos na revista “O Cruzeiro” que Raul de Barros foi eleito o melhor trombonista de 1955. Onze anos depois, ele fez parte da delegação brasileira ao Festival de Arte Negra de Dacar, Senegal, ao lado de Clementina de Jesus, Ataulfo Alves, Paulinho da Viola e Elton Medeiros, entre outros.

Em 2004, o maestro voltou a se apresentar em shows ao lado do arranjador Rildo Hora na casa de espetáculos “Carioca da Gema”, na Lapa, no Centro do Rio.