Com o lema “Doar sangue salva vidas”, o movimento Motociclista Sangue Bom realizou no último sábado (dia 13/7), dia mundial do Rock, um encontro na Praça Orlando de Barros Pimentel. O evento aconteceu com o apoio da Prefeitura por meio das secretarias de Turismo, Saúde e Educação. Além do encontro e muito rock´n´roll, a principal ação do evento foi a captação de sangue pela equipe do Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio).
Diversos programas da secretaria de Saúde estiveram presentes, como a saúde do homem, teste rápido de HIV, Sífilis, hepatite B e C. “É uma honra fazer parte desse evento conjunto do Sangue Bom, Hemorio e prefeitura que somam forças para oferecer diversão, mas também conscientização e responsabilidade social”, declarou a secretária de Saúde, Simone Costa.
“Nossos estoques sempre estão muito baixos. É fundamental que a população se conscientize sobre a possibilidade que temos de salvar vidas”, destacou Márcia Ben Senor, médica do Hemorio. Os pré-requisitos para participar da campanha são ter mais de 50 Kg, estar bem de saúde, bem alimentado, ter, no mínimo, 16 anos (se acompanhado do responsável), e até 69 anos (para quem já doou) ou até 61 anos (para quem nunca doou). “Na cadeira, a doação em si dura em torno de dez minutos, mas temos que fazer o cadastro e a triagem do doador. O processo todo leva em torno de 40 minutos. E uma coleta pode servir para salvar até quatro vidas”, acrescentou a médica. Quem não pôde comparecer no encontro, mas quer doar, deve ir diretamente à sede da Hemorio, qualquer dia do ano (com exceção do dia primeiro de janeiro), das 7h às 18h, na Rua Frei Caneca nº 8, no Centro – Rio de Janeiro.
O coordenador do movimento Sangue Bom Região dos Lagos, Raul Mulet, destacou a proposta do evento totalmente voltado para o bem social, que além da doação de sangue, contou com a arrecadação de alimentos e de agasalhos. “Estamos muito felizes com a presença dos motociclistas de diversas cidades como Itaboraí, Niterói, São Gonçalo, Araruama, Saquarema, dentre outros. Conseguimos recolher 80 bolsas de sangue, que é o máximo permitido no ônibus”, declarou o coordenador, acrescentando que o Sangue Bom existe há oito anos e conta com a participação de 34 motoclubes da Região dos Lagos.
Do Motoclube Caveira, o professor de Educação Física, Igor do Nascimento, de 30 anos, morador de Itaipuaçu, deixou de lado o medo de agulha e participou da campanha de doação de sangue. “A sensação é de superação dos meus medos por uma causa nobre. É a segunda vez que participo. A primeira foi também numa ação que o Sangue Bom realizou no primeiro sábado de dezembro do ano passado quando fomos até o instituto para doarmos. Esse ano iremos novamente”, frisou o professor, convidando o público para o encontro no próximo fim de semana (de 19 a 21/7) do Caveira Moto Clube, na Praça dos Gaviões, em Itaipuaçu.
A empresária Iracema do Nascimento, de 44 anos, moradora do Centro, estava de passagem pela praça e foi participar da campanha. “Sempre quis doar, mas como tenho mais de 20 tatuagens espalhadas pelo corpo, pensei que não pudesse. Mas, passei pela avaliação da médica que me autorizou, então estou mega satisfeita. Não tem preço poder ajudar o próximo e a salvar vidas”, declarou.
Além do ônibus da Hemorio, o encontro reuniu diversas barracas com comidas e vestimentas típicas de motociclistas, além de oferecer ao público, em sua maioria amante do rock´n´roll, shows das bandas Mamute, New Sonic, Biokimica, Thunderock e Valved Rocks.
Sophia Tavares, de 35 anos, e o marido Alexandro Pancho, de 43 anos, moradores do Centro, estiveram no encontro exclusivamente para curtir os shows de rock. “Como hoje o dia é de rock nos demos ao luxo de largar tudo que tínhamos para aproveitar ao som da guitarra. Nada melhor que fazer isso no quintal de casa ao lado de amigos”, destacou Alexandro.
Já o pedreiro Pedro Dias, de 53 anos, morador de Jacaroá, mesmo sem pertencer a nenhum motoclube, participou do encontro e aproveitou para retirar dúvidas no espaço direcionado a saúde. “Informação nunca é demais. Vim buscar orientações mais detalhadas sobre doenças, como câncer de próstata. Tinha um pouco de vergonha de ir ao médico para isso, mas aqui como está em praça pública e é de graça, fica mais fácil tirar todas minhas dúvidas”, concluiu o pedreiro.
Fotos: Clarildo Menezes
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