Uma viagem ao passado com figuras místicas, lendas e muitos personagens foi oferecida no último sábado (13/07) na Praça Dr. Orlando de Barros Pimentel, no Centro, durante a segunda edição da Feira de História Antiga e Medieval 2019 (FHAM).
“Nossa proposta é explorar a história, por meio das lutas, gastronomia, danças, shows e palestras para oferecer a população mais cultura, entretenimento, educação e conhecimento, além de ser uma excelente oportunidade de negócios para os expositores e também para os moradores da cidade que têm acesso a produtos diferenciados”, salientou um dos organizadores, Caio Brandão, destacando que todos os estandes são de produtos artesanais com fabricação própria e temáticas históricas.
O evento contou com apresentações de dança cigana, do ventre, roda celta, lutas históricas de gladiadores, arquearia e shows de música irlandesa com a banda Café Irlanda, música tribal com Círculo do Vale, usando elementos celta como flauta e instrumento de arco, e rock gótico com a banda Syria.
Um dos estandes mais visitados era o da Terra Leste, que oferecia quatro estilos de cerveja artesanal, canecas e um desafio ao público de beber um litro de cerveja em 30 segundos e não precisar pagar pelo produto consumido. Uma das sócias da empresa, Flávia Dias, disse que é a primeira vez que participa dessa feira em Maricá. “Somos uma marca recente, lançamos em janeiro de 2019, então queremos divulgar nosso nome. Nada melhor do que agregar nossa empresa a eventos como esse”, destacou a empresária que trouxe para o público da feira 280 litros de cerveja artesanal. “Viemos preparados para oferecer os nossos produtos e conhecer o público maricaense”. Outra sensação desse estande era o martelo do “Thor”, escudo, espada, armadura, disponíveis para quem quisesse tirar fotos, além do jenga gigante que buscava entreter e desafiar os participantes da feira.
No quesito fantasia, a “fauno” Valéria Antunes, de 46 anos, e o “druida” Allan Draoi, de 35 anos, chamavam a atenção de quem passava pelo evento. Responsáveis pelo estande do “Hidromel Poção Druida”, eles vendiam a bebida nórdica fermentada considerada por eles como néctar dos deuses, muito associado aos celtas e vikings, produzida à base de mel puro, água mineral e levedura, com teor alcoólico de 10 a 20%. “Estamos em Maricá pela primeira vez e pretendemos retornar mais e mais vezes. A inspiração para criar meu próprio hidromel surgiu quando eu tinha 16 anos e jogava RPG. Hoje buscamos expandir para muitos lugares. Feiras como essa são essenciais para resgatar a história e conhecimento da era medieval”, ressaltou Allan.
As amigas e professoras de História, Luiza Oliveira e Rosa Pires, de 55 anos, moradoras do Centro, adoraram participar da feira. “Tem que ter mais eventos como esse que estimulem a aprendizagem, o conhecimento e a cultura. O que está acontecendo aqui hoje é uma aula intensiva de história ao ar livre”, frisou a professora Rose. Já para Luiza é a oportunidade de resgatar o passado. “A história nos permite entender muitos processos que passamos hoje e eventos como esse são fundamentais para nos tornarmos seres humanos mais indagadores e inteligentes”, salientou.
O petroleiro Luiz Renato Lemos, de 51 anos, morador do Parque Eldorado, prestigiou o evento junto com sua esposa Márcia Monteiro, de 49 anos, e seus filhos Carolina Monteiro, de 10 anos, e Diogo Lemos, de 15 anos. “Acho formidável ter em praça pública um evento de pura cultura como esse. Nós que viemos morar em Maricá há pouco tempo, por conta da tranquilidade, nos sentimos felizes com essa escolha de poder oferecer atrações desse nível para nossos filhos”, explicou o petroleiro. Para Diogo, que está no 1º ano do Ensino Médio, a feira foi uma verdadeira aula de história. “Estou vendo na prática, o que os professores nos falam em sala e o que lemos nos livros. Ajuda a assimilar melhor o conteúdo. Muito bom ter esse contato direto com a era medieval”, destacou o aluno que adorou manusear as armas, armaduras e espadas.
Fotos: Clarildo Menezes
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