Olimpíadas Especiais reúne dezenas de atletas no CEU Mumbuca

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O 1º Festival de Olimpíadas Especiais reuniu paratletas e competidores  na quadra que fica no entorno do Centro de Esportes Unificados (CEU), na Mumbuca. A competição é uma iniciativa da Prefeitura de Maricá, através da Secretaria de Esportes e Lazer, e a Special Olympics Brasil (Fundação de Olimpíadas Especiais).

Competições de atletismo, futsal e bocha – jogo praticado com diversas bolas grandes nas cores verde e vermelha e uma pequena amarela (bolim) onde ganha quem mais se aproxima da bolim – ocorreram simultaneamente e contaram com a participação de cerca de 80 atletas das Escolas Municipais Rynalda Rodrigues da Silva, Benvindo Taques Horta, Joaquim Eugênio dos Santos, Maurício Antunes de Carvalho, Carlos Magno Legentil de Mattos e Amanda Pena, além de atendidos nas instituições Pestalozzi e NAIR.

Todos os protocolos de um grande evento esportivo foram seguidos. Teve acendimento da pira olímpica, juramento dos atletas, entrega de medalhas de 1º, 2º, 3º, 4º lugar e participação para os demais, além dos certificados aos professores que se capacitaram em abril.

As olimpíadas especiais acontecem em vários lugares do país. Em Maricá, de acordo com Secretário de Esportes e Lazer, Filipe Bittencourt, a competição tem um diferencial por ser unificado. “Esse é um projeto importante que nós temos que apoiar pelo fato de reunir crianças com necessidades especiais não só do município, mas também de fora. Então, estamos trazendo o projeto para que os moradores possam conhecê-lo”, explicou, adiantando planos para Maricá sediar uma etapa do estadual.

“Maricá dá oportunidade às pessoas com deficiência de participar de competições usando o esporte como uma ferramenta de inclusão. Os outros veem como é possível competir e participar junto, independente de ter alguma deficiência”, completou o coordenador da entidade no Rio, Rafael Fiuza.

Fisioterapeuta da Pestalozzi, Sandréia Santos, foi responsável por trazer um grupo de pré-adolescentes entre 11 e 15 anos. Para ela, participar da competição ajuda na integração social e trabalha toda a corporeidade deles. “Diariamente eles desenvolvem atividades psicomotoras trabalhando todo o equilíbrio, força, orientação especial, orientação de tempo. Isso tudo eles vão juntar para trabalhar aqui na atividade física propriamente dita”, esclareceu.

A abertura do evento contou com apresentação de ginástica rítmica. Sandrine Gomes (12 anos), aluna da E.M. Amanda Pena, participou da apresentação. “Essa oportunidade é muito boa porque a gente está representando essas pessoas e nos emocionamos pelo grande carinho por elas e ver como elas são”, declarou emocionada.

Com 21 anos, Jader Marins, aluno do Rynalda participou do jogo de futsal. “Eu vou jogar ali naquele gol. Eu gosto de estar aqui, jogo, corro”. Competindo pelo atletismo e questionado sobre o que mais gostava de fazer, Samuel Marques (14) respondeu: “Não sei. Gosto de jogar bola, vôlei. Mas eu agora corri. Gostei”.

Já Eric Davi (11 anos) da E.M. Retiro jogou bocha e ganhou. “Esse jogo é maravilhoso. Eu conhecia como boliche”, disse agradecendo. “Nós temos que agradecer a Deus por mais um dia, porque a nossa vida é igual a um jogo. Muita gente só quer ganhar, ganhar e ganhar, mas perder também faz parte da vida. Que essa lição venha fique para todos”.

Atualmente, a Special Olympics atua em 170 países em regime de voluntariado promovendo jogos olímpicos para pessoas com deficiência intelectual.

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