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Nas ondas de Maricá: Jovem maricaense é campeão mundial de bodysurf

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O que era apenas diversão, acabou virando algo sério. São nas águas do litoral de Maricá, mais precisamente em Cordeirinho que um jovem promissor do bodysurf vem se destacando. Leonardo Moura Ferreira da Costa, morador de Guaratiba tem 15 anos  e participou do Campeonato Mundial de bodysurf realizado na Praia de Itacoatiara em Niterói conquistando o título mundial da categoria. Ele ficou a frente do niteroiense Kalani Lattanzi, favorito na competição.

Essa foi a segunda vez que Leonardo participava de um campeonato. A primeira vez, foi o Campeonato Estadual, realizado nas águas de Ponta Negra. Na ocasião, Leonardo terminou a competição em terceiro lugar e Kalani Lattanzi ficou em primeiro.

O jovem nadador conta que desde pequeno ficava na areia observando seus tios e primos praticarem a modalidade.” Moro com a minha mãe na Rua 83. Surfo na Rua 90, onde aprendi bastante.Quando mais novo passava o dia observando e pensava que um dia estaria ali junto com eles e esse dia logo chegou”, contou.

Ele pratica a modalidade desde os nove anos de idade e treinava nas águas maricaenses. “Desde o ano passado comecei a surfar em mar aberto. Não há nenhuma técnica específica, cada um tem seu jeito, sua técnica”, explica.

Desde a vitória em Niterói, Leonardo está recebendo apoio de uma empresa de produtos esportivos que fornece material para que ele possa praticar o esporte como bag impermeável, parafina e handplanes, que é a prancha usada. De acordo com Jhonny,treinador do jovem, essa ajuda ainda é pouca devido aos altos custos. ” Teremos competição no Perú e no México, mas não temos condição de manter as despesas com passagens e hospedagens. Qualquer ajuda nos seria bem-vinda”,comentou.

 

Tradição na família

O treinador de Leonardo é o próprio primo dele. Jhonny Moura, é guarda-vidas e disse que a tradição de praticar o bodysurf é desde o tio dele, que também era guarda-vidas, mais conhecido como Baiacú.”Tudo o que sei, aprendi com esse meu tio e procuro passar para o Léo”, contou.

Assim como Léo, Jhonny contou que os dois filhos dele, de 7 e de 15 anos estão indo por esse caminho.” É muito bom vê-los empolgados com o esporte.  A prática esportiva é algo que deveria fazer parte de todos os jovens e crianças, só assim eles ficam longe de coisas ruins”, disse.

Sobre o Bodysurf

Utilizando apenas o corpo como uma superfície de contato com a água, o surfe de peito é a forma original e mais pura de surfar. Antes da invenção do leash de surf no início de 1970, todos os surfistas foram bodysurfers.  Os wipeouts foram seguidos por passeios de bodysurf  para pegar a prancha na areia.

Não se sabe sobre as origens do Bodysurf, mas é possível que os seres humanos foram inspirados a imitar animais marítimos, como golfinhos e focas. Bodysurfing certamente antecede a prancha de surf. Em 1899, o australiano Fred Williams foi ensinado por Tommy Tanna, um habitante da polinésia, a pegar ondas.  Williams, por sua vez ensinou locais de Sydney a “dropar” as Big Waves da região.

Em 2010, designers começaram a projetar belíssimas handplanes e comercializá-las nos surf-shops. Surgiram as ligas e campeonatos, e junto com elas, o campeonato mundial.. Dois dos maiores eventos, ambas fundadas em 1977, são o Campeonato Mundial de Bodysurf Oceanside, realizada em pleno verão, e o Pipeline Bodysurfing Classic, geralmente realizada em janeiro. O Pipeline Classic, considerado por muito tempo como a mais prestigiosa competição do esporte, tornou-se o primeiro campeonato de bodysurf profissional em 1980.

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