Maricá teve sua 5ª Parada LGBTI, que agitou a Praça Orlando de Barros Pimentel no último domingo (10/12). Aproximadamente 3 mil pessoas se divertiram ao som de DJs como Carol Sabá e Ju Scotelaro, além de shows de artistas locais como as cantoras Bruna Mendes e Marcela Albernaz. O evento aconteceu na mesma data em que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
O secretário de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher de Maricá, João Carlos de Lima (Birigu), disse que a parada mostra um congraçamento de todos os cidadãos. “Há poucas semanas, houve aqui mesmo uma marcha evangélica e, agora, temos este evento para os LGBTIs. O poder público é e deve ser laico e sem preconceitos, mas vamos avançar mais”, disse ele, ao lado do coordenador de Políticas LGBTI do órgão, Carlos Alves, que revelou que foram registrados 480 assassinatos de homossexuais no Brasil só este ano.
No meio de tanta alegria, o público tinha consciência do que a parada representou. “Antes de tudo, esse é um ato político e de resistência”, disse a fotógrafa Beatriz Cesar, que mora em Cordeirinho e integra o grupo Jovens na Mídia, assim como a moradora do Centro Lívia Colt. “Ainda é um choque para as pessoas numa cidade como Maricá, vista como ‘de interior’, ver casais homoafetivos na rua, mas vivemos hoje uma quebra de padrões. É importante seguir”, ressaltou ela.
A parada serviu ainda para difusão dos direitos da comunidade LGBTI “Não aceitamos qualquer tipo de intolerância. Vivemos uma época em que os casos de agressão contra homossexuais estão aumentando. O ato é importante porque reforça direitos já conquistados”, disse a deputada Rosângela Zeidan.
A vice-presidente da ONG niteroiense Sete Cores, Samantha D’evill, elogiou a organização e o apoio da Prefeitura aos LGBTIs da cidade. “É bonito ver que aqui há uma liberdade para esse público e que a prefeitura dá apoio. Nossa ONG com certeza irá acompanhar mais de perto as políticas daqui”, ponderou Samantha.
Fotos: Marcos Fabrício
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