A irreverência na arte de Daviran Magalhães

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O artista abre as portas de seu ateliê e nos conta um pouco de sua história

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sua criatividade e procura expressar na sua arte um pouco de seu humor e irreverência. O trabalho como artista começou, por acaso, aos 11 anos quando sua mãe pediu para que ele pintasse o muro da casa no bairro de Bonsucesso, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ao invés de apenas passar tinta, ele havia feito um grafite com personagens da Walt Disney, para surpresa da mãe.Do seu ateliê localizado no bairro Ponta Grossa o artista plástico Daviran Magalhães faz uso de
Em 1973, mudou-se para São Paulo, onde começou a aprimorar seu trabalho como artista plástico. De volta ao Rio de Janeiro, morando no bairro do Engenho de Dentro, Daviran cria o Grupo ZN, posteriormente o Grupo MAM, Movimento de Arte do Méier. “Naquela época não haviam espaços para divulgação de nosso trabalho na Zona Norte. Resolvemos chamar a atenção para esse fato. Queríamos desenvolver a arte contemporânea, realizando exposição na rua e trabalho na estação de trem”, comentou.
Um dos trabalhos de maior destaque de Daviran, foi a pintura dos bueiros da Avenida Rio Branco no Centro do Rio de Janeiro. “Uma vez andando pelas ruas, acabei pisando em um bueiro e vi que aquilo dava uma arte e comecei a pintá-los. Queria com isso, dar uma cor ao centro urbano, muito sem vida e acabei sendo conhecido como o artista dos bueiros”, disse.
Graças a essa intervenção urbana, Daviran foi convidado pelo adido cultural do Consulado francês para realizar um trabalho com os bueiros de Paris. De volta ao Brasil, ele viu que na cidade do Rio de Janeiro não havia mais possibilidade de continuar o trabalho como artista.
Em 1998, muda-se para Maricá. Ele conta que não conhecia a cidade e mesmo assim comprou um terreno no bairro Ponta Grossa. “Quando vi a lagoa, fiquei completamente apaixonado por essa cidade, vi que realmente não queria mais voltar.
Em relação a cultura na cidade, Daviran conta que não havia muito incentivo para os artistas poderem expor os seus trabalhos. Naquela época eram poucos os espaços destinados a arte no município. O único espaço era um salão que havia na sede da Prefeitura
Daviran é jornalista e criador do jornal Pirilampo. Um jornal cultural que procura divulgar a arte e manter o envolvimento com a arte contemporânea. Hoje aos 65 anos, Daviran está feliz com a forma como a cultura, de uma forma geral, vem sendo melhorada e valorizada bastante dentro de Maricá. “Atualmente o acesso para todos tem sido bem melhor. Podemos ver um colorido em toda a cidade. Os artistas, assim como eu, só temos que agradecer o incentivo, já que sempre fui um grande defensor da cultura”, finalizou o artista.

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