Programa Calçada Acessível promove experiência de vivência e sensibilização no Centro

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Um novo grupo de profissionais, formado por funcionários das secretarias de Urbanismo, Conservação, Administração, Obras, Saúde e Educação de Maricá, passou pela experiência de andar pelas ruas do Centro como cadeirantes e deficientes visuais. A ação de vivência e sensibilização integra workshop participativo do programa Calçada Acessível, ministrado pelo consultor Gustavo Guimarães, da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), no CEM Joana Benedicta Rangel (Centro).

“Dou apoio técnico e assessoria para este programa que não tem custo para a prefeitura. Nossa função é ser o braço técnico da indústria de cimento e orientar os técnicos a fazer as obras da melhor forma possível”, explicou Gustavo, destacando que a acessibilidade está além do ato de construir rampas. “São muitas coisas que precisam ganhar atenção especial para que pessoas com baixa visão, cegas ou cadeirantes, por exemplo, consigam se locomover pela cidade. E não são só as pessoas com deficiência que são beneficiadas, mas também os idosos, as pessoas com carrinhos de bebê e etc. São vários os atores que estão no espaço público e precisam dessa atenção, com relação a acessibilidade da forma mais correta possível”, disse.

Iniciada há cerca de dez meses, a parceria entre a Prefeitura, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e a ABCP dará origem a um manual técnico que apontará as prioridades e modificações de mobilidade do município. “Estamos em fase de conclusão do manual, que deverá ser lançado após o mês de outubro. Diante do manual, tanto o poder público, quanto os cidadãos, terão que seguir as normas estabelecidas. Desta forma, todas as calçadas terão que ser feitas conforme o padrão que inclui acessibilidade. As calçadas já executadas à revelia das normas, sofrerão alterações conforme as especificações”, contou o coordenador da Secretaria de Urbanismo, Stefan Gomes.

Estagiária de Arquitetura e funcionária da Secretaria de Obras, Juliana Monnerat falou sobre a experiência da vivência e no quanto ela irá impactar o seu trabalho no futuro. “Foi uma atividade bastante complementar ao trabalho que realizamos. Estamos sempre projetando e executando praças, calçadas e espaços públicos, temos consciência da importância de projetos inclusivos, mas viver estas dificuldades na pele me fez refletir e dar mais importância para a questão. Não imaginava o quanto era difícil me orientar e passar por coisas que se tornam obstáculos quando se tem alguma deficiência”, revelou.

Para o motorista Rodrigo Ramos, a iniciativa foi um ‘divisor de águas’. “Levando em consideração as dificuldades, foi uma experiência horrível. Mesmo as calçadas que pareciam estar em perfeito estado, me pareceram inclinadas com a cadeira de rodas, o que me fez forçar muito mais o braço para movimentar a cadeira em vários trechos. Hoje eu vi o quanto a vida das pessoas com deficiência é difícil nas ruas, com certeza vou procurar ajudar muito mais”, afirmou.

Também presente no evento, a secretária de Políticas Inclusivas, Sheila Pinto, reforçou a importância de iniciativas como esta. “Hoje o mundo inteiro fala em acessibilidade, o núcleo das pessoas com deficiência está passando a ter visibilidade, mas ainda é preciso fazer muito mais por eles. Este programa, em parceria com a Firjan, é de extrema importância para que possamos construir um futuro melhor para o nosso município. Não são apenas as pessoas cegas e cadeirantes que precisam de acessibilidade, a inclusão é para todos”.

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Fotos: Michel Monteiro

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