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Dia D contra a Sífilis mobiliza Saúde

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As unidades de saúde de Maricá participaram na última sexta-feira (19/10) do dia “D” contra a Sífilis. O exame era feito gratuitamente após breve explicação, com apenas uma picada no dedo da pessoa e em poucos instantes, que podia chegar à 20 minutos, o resultado era liberado.

Gerente do Programa de IST/AIDS e Hepatites Virais, Claudia Rodrigues explicou que o governo federal convocou municípios do estado para traçar um plano de enfrentamento à doença e alguns foram colocados como prioritários para o tratamento, de acordo com o número de habitantes, o número de casos e a proximidade do Rio. “Na região foram chamados Maricá, Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. Cada município tem que desenvolver suas estratégias para minimizar a doença. Por isso, elaboramos um plano de enfrentamento com algumas ações e estamos realizando as testagens nas unidades, já que o teste rápido centralizado é realizado em todas elas”, explicou.

O teste rápido identifica a doença, embora não qualifique sua intensidade. E, assim como o HIV, uma excelente forma de prevenção continua sendo o uso de preservativo masculino ou feminino. “A sífilis era uma doença que você escutava falar há mais de 50 anos. Estava totalmente organizada nas secretarias municipal e estadual de saúde a nível federal, assim como a tuberculose, mas tivemos que retornar esse diagnóstico precoce porque a doença está retomando. O índice em gestantes, em aborto precoce por causa da doença e em crianças nascendo com sífilis é crescente”, frisou a médica e secretária de Saúde, Simone Costa.

Segundo a médica, o diagnóstico precoce ajuda, por exemplo, no tratamento de adolescentes que tratam manchas na pele como doenças dermatológicas, quando na verdade já é o início da doença. “O ideal é que as pessoas façam o exame semestralmente, mas se tiverem relações sexuais em que não tenham usado métodos contraceptivos, o teste deve ser feito logo em sequência, uma ou duas semanas depois. Não há necessidade de esperar”, ressaltou Simone.

O controle existe em três níveis: primária, secundária e terciária. O diagnóstico é feito na primeira fase, mas na cidade já há casos de pessoas com a sífilis secundária. Caso dê reagente, a pessoa é encaminhada para tratamento no SAE em Araçatiba, o que tem início em no máximo 72 horas, a base de medicação injetável. Quando chega ao último nível, a doença já compromete o sistema nervoso central da pessoa.

Acompanhados de uma assistente social, oito pessoas atendidas na saúde mental realizaram seus testes no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que funciona 24 horas no anexo do Hospital Municipal Conde Modesto Leal (Centro). Carla da Silva, de 24 anos, foi uma delas. “Esse tipo de exame é bom para sabermos se temos alguma doença e nos prevenirmos. Eu queria fazer também os testes de HIV e hepatite”, contou a moradora do Boqueirão, casada e mãe de três filhos. Aos 42 anos, Fabio Luiz Barros, morador do Centro falou que não é preciso ter medo. “A doutora é clássica, entende os nossos problemas e o exame não dói nada”. Ambos os resultados deram não reagentes para todas as doenças. No CTA também estavam sendo feitos os exames para HIV, hepatite B e hepatite C.

Fotos: Marcos Fabrício
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