A Coordenadoria de Proteção Animal de Maricá está realizando o cadastramento para a castração de 200 animais entre cães e gatos. Para isso, cinquenta senhas são distribuídas sempre às segundas-feiras. Esta semana, dia 05/11, assim como na semana passada (29/10), os números acabaram rapidamente, já que antes da abertura do portão, exatamente às 8h, uma fila se formava no local. Todos portavam original e cópia de identidade, CPF, comprovante de residência e renda familiar, além de cartão mumbuca, bolsa família ou NIS, no caso de beneficiários.
“Não se tem adotantes para a grande quantidade de filhotes que nasce hoje em Maricá. É preciso reduzir o número de animais abandonados e com isso, o número de animais maltratados. Muitas pessoas acabam colocando caixa com ninhada de filhotes na rua. Isso acaba gerando sofrimento para esses animais por atropelamentos, brigas, dor, miíase por ferimentos de briga. As pessoas que estão vindo se inscrever, estão tendo essa consciência ao ver o sofrimento dos animais. Por isso, querem evitar mais filhotes”, explicou a coordenadora Milena Costa.
Moradora do Residencial Carlos Alberto Soares de Freitas, em Inoã, Mirian Alves (24 anos) estava com sua gatinha na caixa de transporte. “Eu li sobre isso, mas como não sabia exatamente o que ia acontecer e trouxe logo”, disse, admitindo a necessidade por não ter como prender a gata em casa. “Eu tenho ela e outro gato, já castrado e como ela sai muito de casa, acho necessário esse procedimento”, contou.
“Minha cadela tem um ano e 4 meses. Optei por trazê-la agora porque ela está tendo muito filhote. Eu só tenho ela, que nem de casa sai, mas quando entra no cio, os cachorros acabam indo até lá e numa dessa, ela acabou engravidando”, disse Pamela Matta (30 anos), que mora em Pindobal.
As cadelas de Rogéria Agapyto (30 anos) de Itaipuaçu e Maria Helena Moraes (43 anos) do Saco das Flores ainda não tiveram filhotes. Mas, sem condições de cuidar de muitos animais, elas optaram pela prevenção. “Tenho uma cachorra, vira-lata, que vai fazer dois anos e é misturada com alguma raça grande então eu sei que ela vai dar muito filhote”, frisou Rogeria. “É melhor operá-la logo do que deixar ficar cruzando. Eu tenho três fêmeas que ficam presas e escolhi uma para inscrever. Mas vou ver se minha filha e meu marido trazem as outras também”, admitiu Maria Helena, ciente de que só é permitida a castração de um animal por CPF.
“Após o preenchimento das 200 fichas, vamos realizar uma avaliação para identificar as rendas menores e iniciar o agendamento. A partir daí, acontece uma segunda etapa com a triagem desses animais através de uma avaliação clínica. Caso ele não esteja apto, a pessoa vai ser comunicada de que a cirurgia não pode ser realizada. Por exemplo: se a gata ou cadela estiver prenha, com anemia ou alguma infecção que coloque sua vida em risco”, destacou a coordenadora de Proteção Animal.
Os interessados devem se dirigir à Coordenadoria que fica na Rua Prefeito Hilário Costa e Silva, 100, Parque Eldorado, em frente ao Colégio Iara Queiroz nos dias 12 ou 26/11 a partir das 8h.
Fotos: Marcos Fabricio
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