Em alusão ao Dezembro Vermelho e ao Dia Mundial de Combate à Aids, celebrado em 1º de Dezembro, a Secretaria de Saúde de Maricá promoveu, através da Gerência de IST/HIV/Aids e Hepatites Virais, o “II Seminário e Sarau Pela Vida, Prevenção e Cultura da AIDS”. O evento, realizado no início da tarde da última sexta-feira (30/11) no Cineteatro Henfil, contou com palestras dos médicos Marcelo Costa Velho Mendes de Azevedo, Sandra Helena Peixoto Berbert e Marcia Rachid, além da apresentação da Coordenação Musical da Secretaria de Cultura.
“Nossa ideia foi trazer uma linguagem diferente e menos técnica, para que as pessoas tivessem um entendimento melhor do assunto. O discurso que ouvimos atualmente é focado no tratamento acessível e gratuito, com isso muitos jovens estão negligenciando o fato de que o HIV/Aids não tem cura, e que o seu tratamento possui dificuldades e inúmeros efeitos colaterais”, ressaltou a gerente do programa de IST/HIV/Aids e Hepatites Virais de Maricá, Claudia dos Santos Rodrigues.
Infectologista e representante do Grupo Pela Vidda RJ, a Dra. Marcia Rachid destacou que apesar do primeiro caso de Aids ter sido diagnosticado em 1981, a falta de informação sobre a doença ainda é muito grande. “Ainda existe um estigma muito grande em torno do HIV. Muitas pessoas não falam que têm o vírus e só buscam informação quando, de alguma maneira, estão envolvidas. Neste contexto, tudo o que é possível ser feito para divulgar informações a respeito da Aids é fundamental”, afirmou Marcia.
De acordo com a subsecretária de Assistência Social, Laura Costa, desde o ano 2000 nenhuma criança nasce com HIV em Maricá. “Graças ao programa de IST/HIV/Aids e Hepatites Virais de Maricá, somos referência em prevenção no estado. Temos laboratório, atendimento psicológico para pessoas com Aids e zero transmissão vertical (de mãe para filho)”, destacou Laura.
Para Joelma Rangel, que é diretora da Escola Municipal Guaratiba e levou os alunos do 5° ano (de 11 a 13 anos) para o evento, é essencial abordar assuntos relacionados à sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis. “Nesta idade os alunos chegam com muitas dúvidas e nem sempre a família esclarece. Então é muito bom que eles possam participar deste tipo de evento, onde aprendem em contato com especialistas”, finalizou.
Fotos: Marcos Fabrício
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