A prefeitura promoveu na última segunda-feira (18/03) uma atividade educativa do “Dia D” de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Os agentes da Secretaria de Saúde, por meio da equipe do Programa Municipal de Combate à Dengue (PMCD), efetuaram a entrega e panfletos e esclareceram dúvidas sobre a proliferação do mosquito.
Com a participação de 200 agentes de combate a endemias, a ação foi realizada de forma simultânea nas principais ruas do Centro, Corderinho, Itaipuaçu (Barroco) e Ponta Negra. Os agentes explicavam aos pedestres a importância de controlar os possíveis focos de mosquito e dedicar 10 minutos, por semana, para realizar pequenas tarefas no combate ao mosquito, como vedar caixas d´àgua, manter calhas limpas, tratar piscinas, dentre outras dicas.
O coordenador da Vigilância Ambiental em Saúde, Ronald Marques, ressaltou que foram escolhidos os bairros de maior concentração populacional. “Essa ação é importante para conscientizar a população sobre a necessidade de acabar com os possíveis focos do mosquito”, alertou.
Segundo o coordenador, até o momento, em 2019, foram 92 notificações de pessoas que apresentaram sintomas similares à dengue, no entanto, desse número, foram confirmados 17 casos de chikungunya e dois de dengue distribuídos pela cidade. “Estamos em monitoramento constante. Em janeiro, foram cinco casos de chikungunya e 12 em fevereiro. Em função desse aumento, já estamos planejando uma ação de bloqueio por meio do uso UBV, mais conhecido como fumacê para evitar o aumento dos casos. Temos que ficar atentos o tempo todo, principalmente, após longo período de chuvas”, acrescentou.
Ao longo ano, o programa realiza ações constantes de monitoramento e de combate ao mosquito, por meio de visitas dos agentes, respeitando seis ciclos bimestrais com inspeção e tratamento focal com biolarvicida, intensificando as ações no período do verão. “A conscientização é essencial para que a população esteja ciente que o principal instrumento para combater o mosquito está em suas mãos, por meio de medidas bem simples”, salientou.
A moradora do Centro, Regina Macedo, aposentada, de 69 anos, disse que vigia frequentemente todos os possíveis criadouros do mosquito. “Não dou mole. Não tenho planta com água, recolho as folhas que se soltam das árvores para evitar o acúmulo de água”, disse a aposentada que redobrou o cuidado desde que seu esposo de 73 anos teve chikungunya e sofre com fortes dores na articulação. “Temos que nos preocupar inclusive com os vizinhos porque esse mosquito pode matar”, declarou.
Abordados pela equipe do programa, a doméstica Sirley de Souza, de 54 anos e seu marido Cosme silva, de 58 anos, moradores do bairro Amizade, consideram de extrema importância ações de conscientização que alertem a população sobre o perigo do mosquito. “Olho tudo dentro da minha casa. Já tive dengue e, por isso vivo, de repelente 24h por dia, ou seja, faço a minha parte, mas sabemos que nem todos têm essa consciência”, destacou.
Por isso o morador de Itapeba, Paulo Sérgio dos Anjos, de 50 anos, fica de olho até na casa dos amigos e vizinhos. “É importante que repassemos aos outros as dicas porque se o vizinho não cuida eu também posso sofrer. Oriento e fiscalizo tudo”, salientou. O morador de Chácaras de Inoã, o pedreiro Manoel Carlos dos Santos, de 77 anos, disse que ele e sua esposa seguem todas as orientações. “Sempre monitoro os vasos das plantas e não deixo a água ficar parada”, frisou.
Fotos: Marcos Fabricio
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