A 8ª Festa Literária Internacional de Maricá (Flim) foi oficialmente aberta na tarde desta terça-feira (19/09) com direito a lançamento lotado do livro do deputado federal Washington Quaquá, shows e um ótimo público.
A abertura oficial contou com um cortejo cultural que reuniu artistas de circo, do teatro e da música, além de grupo de capoeira e integrantes da Escola de Samba União de Maricá e do bloco Ilê Aiyê, que percorreu o trecho da Av. Zumbi dos Palmares, na Praça dos Gaviões, dentro da área do evento.
Estudantes de diferentes escolas da rede pública municipal visitaram as tendas e compraram os primeiros livros à venda. Os destaques foram a FLIMzinha, voltada para o público infantil e o show da cantora, compositora e escritora Bia Bedran, que comemora 50 anos de carreira. Dentro da FLIMzinha, cuja tenda foi montada na quadra da Praça dos Gaviões, os pequenos puderam circular e escolher os livros que queriam e ainda participar de brincadeiras. Uma delas foi montada pela equipe da Secretaria de Defesa do Consumidor, o ‘jogo do consumidor do futuro’, onde as crianças simulavam o uso da moeda Mumbuca em atividades do dia-a-dia, de modo a aprender sobre economia na cidade.
Cabeça nas nuvens
A grande atração da parte da noite do primeiro dia da FLIM foi o lançamento do livro do ex-prefeito de Maricá e deputado federal Washington Quaquá. O livro “Cabeça nas Nuvens” é um compilado de poesias escritas por Quaquá nos últimos anos. Tendo como musa inspiradora sua esposa Gabriela Lopes, o livro reúne poesias sobre amor, família, política e opiniões.
“Todo mundo conhece Quaquá pelas polêmicas, pelo jeito brigão mas Quaquá é isso, é amor, é coração, é cabeça nas nuvens e a pessoa mais pé no chão que eu já conheci.´´ disse Gabriela Lopes, que finalizou sua fala com o Soneto de Fidelidade de Vinicius de Moraes.
Toda a parte ilustrativa do livro foi feita por Carol Di Branco, sobrinha da Tati Di Branco, artista que iniciou o projeto mas infelizmente não conseguiu concluir. TatiArtes, como era conhecida na cidade, faleceu em novembro de 2022. O trabalho no livro fez Carol descobrir e confiar no seu dom, herdado pela genética da família Di Branco, com vários artistas incríveis.
“ O tempo foi muito apertado e desde o inicio o Quaquá confiou muito em mim, até mais do que eu mesma. Minha família me ajudou muito com todas as opiniões e incentivos. Todos são artistas plásticos que eu admiro muito, meu avô é incrível e desde o inicio falou que eu conseguiria fazer. Foi um desafio mas me ajudou a descobrir esse lado meu. ´´ contou Carol Di Branco.
O prefeito Fabiano Horta destacou que o ex-prefeito de Maricá é uma pessoa inquieta pela transformação da sociedade permanente.
“Hoje a Flim ultrapassa a nossa fronteira e vira um marco para o Brasil. Hoje Maricá recebe seu autor, aquele que tem assinatura na página um da história de uma cidade que inspira outras cidades”, afirmou Fabiano.
Citando Fernando Pessoa, Diego Zeidan, vice-prefeito de Maricá e filho mais velho de Quaquá também marcou presença no lançamento do livro.
“A poesia e a arte requer um pouco de loucura, né? E eu acho que eu sempre vi, sempre me inspirei nessa loucura do meu pai, não só a loucura de ser poeta, de agora lançar um livro que estava guardando a sete chaves que não deixou ninguém ver antes do lançamento, mas também a loucura dita por criar programas, transformar a vida de uma cidade, a loucura de criar o cartão Mumbuca, a loucura de criar o vermelhinho, o ônibus de graça, a loucura de criar a uma política revolucionária na cidade de Maricá. Essa poesia revolucionária é com a cabeça nas nuvens de Quaquá, com a cabeça nas nuvens, mas com o pé no chão. O pé no chão que caminha e que transforma o que muda a realidade´´ disse Diego Zeidan.
Após a solenidade de pronunciamentos, Quaquá fez questão de autografar os livros de todos que prestigiaram o lançamento. Foram um pouco mais de três horas de sessão de autógrafos, fotos e bate-papo.
