A Prefeitura Municipal de Maricá, sob a administração do Exmo. Sr. Prefeito Luciano Rangel, fornecia um grande número de bolsas de estudo para a Escola Técnica de Comércio São Caetano (hoje extinta) e para o Colégio Cenecista Maricá.
O Executivo Municipal de Maricá, juntamente com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, tendo à frente a Prof.ª Luciene Rangel Cezario da Silva (Diretora do Departamento) e Iêda Maria Jandre Delaroli (Chefe da Divisão de Educação), concluíra que era mais fácil construir uma escola do que manter filhos de funcionários em escolas particulares.
No final do ano de 1981, o Prefeito Luciano Rangel tomara a iniciativa de construir uma escola de nível de 1º grau (2º segmento) e 2º grau para a juventude maricaense, e, no final de 1982, a obra fora concluída. A inauguração ocorrera em 12 de novembro de 1982.
O vereador Eucílio Gonçalves da Silva, à época, propusera na Câmara Municipal homenagear postumamente a progenitora do Prefeito, Dona Joana Benedicta Rangel (Juanita), como patrona da escola recém-fundada.
A 1ª Diretora do C.E.M., Prof.ª Heloiza Maria de Andrade Boechat, administrara de 1983 a 10 de abril de 1986. Fora indicada pelo Exmo. Sr. Prefeito Édio Muniz de Andrade. A admissão de professores privilegiava aqueles que residiam em Maricá.
Em abril de 1986, a Prof.ª Heloiza Maria fora convidada a ocupar a pasta da Educação Maricaense. Assumira, então, a direção do C.E.M. a Prof.ª Maria José Farias Ribeiro, indicada pelos professores, representantes de turma e pessoal de apoio da escola. A partir dessa escolha democrática, a Associação de Professores passara a lutar pela regulamentação da eleição de diretores das escolas públicas municipais.
Durante sua gestão, ocorrera a 1ª greve de professores devido aos baixos salários e às demissões de alguns funcionários. Durante as negociações com as autoridades, a diretora lutara ao lado da classe.
Em 1989, fora eleito para o Executivo Municipal o Exmo. Sr. Prefeito Odenir Francisco da Costa. Estando a direção do C.E.M. “Joana Benedicta Rangel” vinculada ao gabinete do Prefeito, este resolvera indicar para a direção a Prof.ª Mara Rejane Bueno Guapyassú de Sá. Ao final do governo anterior, a Prof.ª Maria José Rangel Farias Ribeiro fora eleita pela comunidade para continuar na direção.
O ano de 1989 fora bastante tumultuado. Embora a Prof.ª Mara Rejane fosse pessoa simples e dedicada, enfrentara várias barreiras para o desenvolvimento de seu trabalho. O Sindicato dos Professores lutara junto à SMEC pela elaboração e aprovação da lei de regulamentação das eleições para diretores de escolas públicas, com total apoio do então Secretário de Educação, Prof. José Carlos de Almeida e Silva.
Finalmente, em dezembro de 1989, realizara-se a primeira eleição, com mandato de dois anos letivos. As candidatas foram Maria José Rangel Farias Ribeiro, Marlene de Oliveira Farias e Mara Rejane Bueno Guapyassú de Sá. Sendo eleita democraticamente com 54,92% dos votos, Mara Rejane.
Em sua administração, fora inaugurada a Biblioteca Prof. Luiz Paulo dos Santos Costa, homenagem póstuma a um ex-aluno da escola. Também houve a implantação do curso de Contabilidade, o início do 1º grau noturno e a mudança da média ponderada para aritmética.
Entretanto, a situação política do município era bastante conturbada, com frequentes trocas de prefeitos e secretários, o que dificultara o desenvolvimento do processo administrativo e pedagógico do C.E.M. e inviabilizara uma gestão mais eficiente.
Ao término da gestão da Prof.ª Rejane, a Prof.ª Maria José Rangel Farias Ribeiro fora reconduzida por eleição direta à direção do C.E.M.
A Prof.ª Maria do Carmo Guimarães Mendes fora eleita para o biênio 1997/1998. Iniciara seu trabalho enfrentando um dos mais sérios problemas do C.E.M.: a superlotação de alunos. Habilmente, resolvera a situação em parte, junto à SMEC, com o remanejamento do 1º grau noturno para um anexo do C.E.M. (Escola Municipal Carlos Magno Legentil de Mattos).
Durante sua gestão, conquistara-se o Projeto Rede Escola (Informática Educacional), e foram adquiridas novas máquinas copiadoras e fax. A Prof.ª Maria do Carmo procurara desenvolver um bom trabalho, apesar das dificuldades do cenário educacional brasileiro, contando sempre com a colaboração da comunidade maricaense.
Foi reeleita por mais dois mandatos consecutivos (1999–2000 e 2001–2002).
A direção da Prof.ª Maria do Carmo Guimarães Mendes tivera como proposta desenvolver no aluno o pensamento crítico e o espírito solidário, valorizando a família, a melhor distribuição de renda, a luta pela qualidade do ensino público, a manutenção da paz e o respeito aos direitos humanos.
Reativara o Grêmio Estudantil com o tema “Liberdade de Expressão”. O grêmio lutara pelo cumprimento da lei da passagem gratuita aos alunos da rede pública, realizara atividades esportivas e festas comemorativas, com grande participação nas atividades políticas do país.
Durante sua gestão, foram realizadas diversas atividades pedagógicas, como concursos de poesias e exposições, destacando-se as comemorações pelos 186 anos de Emancipação Política do Município, retratando, por meio de fotos e relatos, o tema “Maricá conta sua história”, de autoria da Prof.ª e historiadora Maria Penha de Andrade e Silva, proporcionando à comunidade, alunos e visitantes o conhecimento da memória histórica da cidade.
Antes do término do ano de 2004, a diretora anunciara que não continuaria na direção do C.E.M. “Joana Benedicta Rangel”, mas deixara a esperança de que a escola continuasse sendo um espaço de responsabilidade na formação de cidadãos ativos e participantes na família, no trabalho, nas associações de classe e na vida cultural e política.
O Prof. Zenilton Guedes Porto trabalhava como docente na disciplina de Matemática, em regime de hora extra, no C.E.M. “Joana Benedicta Rangel”, no final de 2004, quando fora convidado pela Secretária Municipal de Educação, Juventude e Esportes, Prof.ª Ana Maria Ignácio dos Reis, para ser diretor da E.M. Osdevaldo Marins da Matta (Santa Paula).
Ao ser convidado, o professor perguntara se havia algum pretendente para substituir a Prof.ª Adelir da Costa Lourenço do Amaral na direção do C.E.M. Surpresa, a Secretária Ana Reis questionara: “É isso mesmo que o professor quer? Sabe dos problemas e dificuldades que a escola enfrenta?”.
Ciente das dificuldades, o Prof. Zenilton aceitara a direção do C.E.M. “Joana Benedicta Rangel”. Juntamente com a Secretária e a Superintendente de Ensino, Prof.ª Dirce da Costa Figueira, formara a nova equipe:
•Diretor Geral: Prof. Zenilton Guedes Porto
•Diretora Administrativa: Prof.ª Emíria de Andrade Ferreira
•Diretora Pedagógica: Prof.ª Gessyara Lucas Salvador dos Santos Silva
•Diretora de Eventos: Prof.ª Elizabeth Jane de Souza Barros
•Secretária Geral: Prof.ª Catarina Roza Tzoulas
Em dezembro de 2004, o Prof. Zenilton realizara reuniões com a equipe anterior, escolhendo a nova composição e apresentando o perfil da administração que pretendia implementar.
O início do ano letivo fora bastante conturbado, pois não contara com o apoio imediato de professores e funcionários. Contudo, com o passar do tempo, a situação se estabilizara, e o diretor conseguira demonstrar organização e empenho.
Em maio de 2005, fora inaugurada a quadra esportiva, que recebeu simbolicamente o nome do ex-aluno Matheus Martins Rodrigues, além do novo refeitório. Em sua gestão, também foram construídas as salas O.P. e O.E. e a biblioteca fora transferida para um espaço mais amplo.
Com a eleição, para o Executivo Maricaense, do sociólogo e professor Washington Luiz Cardoso Siqueira (Quaquá), o professor Luís Felipe recebera a árdua missão de administrar o maior estabelecimento da rede municipal de ensino, o C.E.M.
“Joana Benedicta Rangel”, para o qual fora designado pela Portaria nº 027/2009, assumindo o cargo de Diretor-Geral em 2 de janeiro de 2009.
Escolhera para sua equipe os professores Wanderlei Francisco Cardoso, Mayka Iva Marques Fiore e Regina Legentil da Costa como diretores adjuntos, e Maria do Carmo Guimarães Mendes como secretária.
Durante sua gestão, estabelecera parceria com o Grêmio Estudantil “Os Revolucionários”, pintara todas as salas de aula, reativara o Laboratório de Informática Educativa, adquirira DVDs pedagógicos e conseguira regulamentar o Curso Técnico de Edificações.
Entre outras atividades, promovera o incentivo ao Grupo de Teatro do C.E.M., à Banda de Tambores, e participara das comemorações do aniversário da cidade (26 de maio de 2009), na Praça Orlando de Barros Pimentel.
Em 26 de setembro de 2009, o Centro Educacional fora um dos polos das Festas Populares, evento promovido pela Fundação Cultural de Maricá, em parceria com a Secretaria de Educação. Também realizara a 3ª Semana Pedagógica, nos dias 13 e 14 de outubro de 2009.
O diretor Luís Felipe almejara uma gestão democrática e transparente, voltada aos anseios dos profissionais da escola. Ao completar 27 anos de dedicação à comunidade escolar, a equipe esperava alcançar todos os objetivos propostos.
Material de referência: Historiadora Maria Penha de Andrade e Silva.