Maricá acaba de ganhar um novo hino oficial que exalta sua história, tradições e belezas naturais. A nova composição, assinada por Moacyr Luz e Paulão 7 Cordas, reúne um time de intérpretes de peso, como Teresa Cristina, Neguinho da Beija-Flor e o artista local Rafael Caçula, marcando uma fase de renovação simbólica para a cidade. A nova versão substitui o antigo hino por uma obra que valoriza os povos originários, as primeiras manifestações religiosas locais, a natureza exuberante e o cotidiano do povo maricaense.
A nova composição reforça o orgulho da população por meio de versos que falam de marés, tradições, fé e pertencimento, incluindo a emblemática frase “meu país é Maricá”, agora eternizada no refrão.
A nova versão foi oficializada com a sanção da Lei nº 3.604/2025 pelo prefeito Washington Quaquá, no dia 24 de setembro. A proposta partiu do Executivo e recebeu aprovação expressiva da Câmara Municipal: 14 dos 15 vereadores presentes votaram a favor. O texto legal também reconhece formalmente os intérpretes que participaram da gravação, incluindo Maria Menezes, Marina Iris, Ana Costa, Nilze Carvalho, Nina Rosa, Dorina, Luana Carvalho e Alexandre Marmita.
A legislação altera o artigo 2º da Lei nº 3.048/2021 e foi publicada no Jornal Oficial de Maricá nº 1787, de 26 de setembro de 2025.
Confira a letra do novo Hino da Cidade de Maricá
Assim que anunciada a descoberta do Brasil
Distante, já cintilava a Aldeia de Maricá
Habitada por Tamoios, os Tupinambás
Surgiu na fazenda de Antônio Mariz
Uma das primeiras capelas do país Onde eu cresci
Me batizei
Por tanta coisa que vivi
Igreja de São José de Imbassaí
Comi banana no pé Salguei o peixe com as mãos
O que aprendi com as marés
Guardei no meu coração
E nesse vai e vem emocionante
Garças brancas, navegantes
E as fortes ondas de Itaipuaçu
Mar bravio, Cordeirinho
Correnteza no caminho
Ouro negro a olho nu
Um tesouro submerso
Transformou palavra em verso
Fez luzir a região
Era o óleo da natureza
Tingindo o chão de riqueza
Amparo de inspiração
Ah, minha Nossa Senhora
Cuida dos espinheiros
Das seis lagoas, da mata afora
Dos que estão aqui, dos que foram embora
Preciso confessar
Meu país é Maricá
Quando for pra morrer
Morro por lá