spot_img

Leia a nossa última edição

O paraíso chamado Ilhas Maricá

Equipe de Pesquisa:

 Narração- José Carlos de Almeida e Silva

Maria Penha de Andrade e Silva – Historiadora

Renata Gama – Arquiteta Urbanista

Renata Toledo Pereira – Mestre em Educação

Inexplicavelmente, em Maricá, Deus criou no Oceano Atlântico a ilha de mato, que os indígenas chamavam de Itaimbé, um paraíso quase impossível de chegar. Certa feita, o índio Igaraçu, destemido canoeiro que morava em sua própria canoa e, conhecido como igaruana (morador de canoa), chegou à ilha, perdido, ficando isolado de tudo. Foi permanecendo ali até que, um dia, meio sonolento, viu a estrela circumpolar – estrela cujo círculo diurno fica acima ou abaixo do horizonte – e ficou a contemplá-la. Como já era catequizado, pediu que a estrela lhe guiasse o caminho de volta.

Acreditando no elemento fundamental de formação do universo, Igaraçu viu o brilho da referida estrela em sua magnitude. Mas, de repente, por causa das marés altas do mês de abril, ele se refugiou no meio do mato e, mesmo assim, a estrela continuava a brilhar. A luz e o calor eram tão intensos que o indígena percebeu que eram os raios solares que iluminavam a ilha e disse: “-Coaraci!”.

Pelos descampados e precipícios, Igaraçu caminhou sob o sol com uma igarité (canoa verdadeira) e a amarrou com cipó de beira-mar, tendo ficado muito feliz, pois sua antiga canoa havia sumido. Adormeceu de tão cansado.

Ao raiar a manhã seguinte, o guerreiro comeu amboré (peixe) e, recuperado, ouviu o canto do atinaçu, percebendo que estava salvo. Desde então, ficou na memória dos indígenas que não deviam ir à ilha sem companhia e até hoje tal prática é respeitada pelos maricaenses.

Ilhas Maricá

Últimas Noticias

LEIA MAIS