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Palestra com Marina Colasanti emociona público na Flim

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Um dos principais pontos de encontro do público com os autores, a Tenda Café Literário, montada na Praça Orlando de Barro Pimentel, no Centro, para a III edição da Festa Literária de Maricá (Flim), recebeu na última quinta-feira (02/11) a escritora e jornalista ítalo-brasileira, autora de mais de 70 livros, Marina Colasanti, para um bate-papo informal sobre poesias, contos, contos de fada, ensaios e principalmente o ato de escrever.

Em sua fala a autora disse que é um equívoco as pessoas pensarem que os contos de fadas são histórias para crianças. “Os contos de fadas, os contos maravilhosos, não são para crianças”, disse Marina. “Esse é um gênero ligado as raízes do ser humano, a mitologia, aos nossos sentimentos profundos e tem que ser localizado fora do tempo e do espaço da realidade, tem que ser localizado no tempo e no espaço do imaginário. Além disso, tem que ter pluralidade de sentidos. É um texto vertical e tendo pluralidade de sentidos ele funciona para crianças, jovens e adultos”, explicou.

A palestrante afirma ainda que na literatura, de forma geral, o romance é sempre um gênero mais favorecido, porém destaca que escrever poesia é muito mais difícil que escrever romance. “A poesia é mais difícil que o romance. “Eu trabalho com poesia para criança porque eu sei que quando nós entramos na poesia, ainda na infância, ela se estabelece e permanece no ouvido e no sentimento e a partir desse momento se torna fácil de ser lida”, relatou. “Poesia não tem que entender, poesia tem que intuir”, frisou.

A professora de história, da rede municipal Daniele Silva, visivelmente emocionada, contou que há 20 anos teve acesso a um texto de Marina, chamado “Eu sei, mas não devia”, que mudou sua vida. “Um autor assim como um professor nunca sabe onde pode chegar sua influência. Levei a mensagem desse texto para minha vida e depois que eu li seu texto eu resolvi que eu nunca ia me acostumar com nada que me fizesse sofrer”, contou Daniele.

Questionada pela professora Monica Sales como se faz uma criança leitor, Marina respondeu que sempre lhe fazem essa pergunta. “Há mais de 40 anos eu venho respondendo a essa pergunta, mas agora eu resolvi radicalizar”, brincou. “São necessárias só duas coisas para se formar um leitor. A primeira é indispensável, que é um transmissor apaixonado por leitura, pode ser um professor, os pais, um amigo ou qualquer outra pessoa e a outra coisa é acesso aos livros, mas esse segundo elemento não é tão indispensável quanto o primeiro porque um transmissor apaixonado por leitura saberá cumprir a falta de um livro”, esclareceu.

Presentes na palestra o vice-prefeito Marcos Ribeiro e a secretaria de educação Adriana Luíza agradeceram a presença da ilustre convidada e falaram sobre os bons frutos da Flim. “Você tocou o coração de cada um aqui, eu tenho certeza”, disse Adriana diretamente para Marina Colasanti. “A Flim está contagiando a nossa rede de uma forma emocionante e através desse trabalho pedagógico e educacional nós vamos conseguir  fazer com que Maricá  também seja uma cidade de educacional  e cultural”, afirmou a secretaria. “Estamos muito felizes em receber na Flim essa figura ilustre, que é Marina Colasanti”, disse Marcos Ribeiro. “Essa festa literária vai fazer com que nós definitivamente sejamos  uma cidade educadora”, afirmou o vice-prefeito.

Sobre a Flim Marina Colasanti foi só elogios. “ Percebi a presença de muitos professores, e isso demostra um interesse desses professores em literatura e aproveitando esse espaço para fazer muitas perguntas. Eu também gostei muito de ver as crianças com o voucher na mão comprando livros. Isso é muito bom, é muito estimulante porque deixa bem claro a importância do livro”, finalizou.

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Fotos: Fernando Silva

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