A cachoeira de Tomascar está localizada na divisa dos municípios de Rio Bonito,Tanguá e Maricá.É um local muito visitado por turistas. As águas do rio Tanguá, que nasce na Serra Redonda em terras mais altas, na fronteira de Rio Bonito com Saquarema, chegam nas pedras e formam, assim, quedas d’água e piscinas naturais muito aprazíveis. O local guarda o antigo engenho de farinha que funcionava por conta da força das águas do rio Tanguá, girando uma roda d’água.
A trilha começa no bairro do Espraiado na cidade de Maricá e atravessa um maciço de pedra até a comunidade de Tomascar na cidade de Rio Bonito-RJ. No final que uma pequena queda d’água (cachoeira) onde é possível se refrescar, além de um simpático restaurante de comida caseira que já virou point de aventureiros e trilheiros.
A origem do nome “Tomascar ” foi desvendada pelo pesquisador, músico e artesão, Dawson Nascimento: ” ….. O testamento é bem esclarecedor, pois nele, o próprio Tomaz Carr Ribeiro de Bustamante deixa as seguintes informações: Tomaz Carr Ribeiro de Bustamante, nascido no ano de 1733, batizado na capela da fazenda de Itaóca em São Gonçalo, filho do desembargador e juiz do Fisco, Dr. Roberto Carr Ribeiro, natural de Portugal; e de Dona Maria Angélica de Sá Figueiredo, também natural de Portugal. No testamento as terras foram divididas entre os herdeiros de Tomaz Carr, que faleceu no dia 13 de Março de 1806 (Livro de Óbitos, número 2, folhas de número 19).
De 1803 a 1818, as terras de Tomascar pertenciam à família de Tomaz Carr. A partir de 1818 elas foram dividas e vendidas para outros povoadores: as famílias, “Furtado de Mendonça”, “Rosa Figueiredo”, “Nunes da Rosa”, “Nunes da Rocha”, “Guimarães”, “José de Freitas”, “Moraes”, “Mesquita”, entre outras. Por volta de 1910, as terras que formam o atual centro urbano de Tomascar foram adquiridas por João Firmino de Moraes, junto com a sede da fazenda Tomascar, além do engenho e as demais benfeitorias. …. “
Circuito Ecológico
A trilha de Tomascar faz parte do Circuito Ecológico, realizado pela Secretaria de Cidade Sustentável de Maricá. A caminhada é considerada pesada, com 7 horas de duração (4 horas de ida e 3 horas de volta). Durante o percurso, que passa pela Serra do Espraiado e desce por Rio Bonito, os aventureiros fazem paradas nos riachos, cachoeiras, piscinas naturais e em pontos estratégico para descanso. O passeio conta com guias da secretaria, além do apoio do Grupamento de Defesa Ambiental e de agentes da Defesa Civil. Na região, onde funcionava uma fazenda, pode-se encontrar um antigo moinho de farinha de roda d’água, construído na época da escravatura. Os participantes devem usar roupas leves, calçados apropriados e chapéu, além de levar água, frutas e outros alimentos leves. Por se tratar de uma atividade aeróbica, o circuito não é recomendado para quem possui problemas cardíacos.
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