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Curso de fabricação de roupas é oferecido gratuitamente

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No ateliê de corte e costura montado no Polo de Itaipuaçu, 32 alunos – sendo 16 do turno da tarde e outros 16 do período da noite – fazem o curso de Costureiro do Vestuário do Programa de Qualificação Profissional da Secretaria de Trabalho, realizado através da contratação do Senai. Lá, os alunos aprendem a confeccionar shorts, cuecas, bolsas, biquínis, entre outras peças do vestuário adulto e infantil. O módulo faz parte de uma grade de cursos oferecidos pela Prefeitura. O Polo de Itaipuaçu fica na Av. Carlos Marighella, 160, Lote 1, Quadra 14.

Iniciado em julho, o curso de Costureiro do Vestuário tem duração de três meses e acontece de segunda a sexta-feira em dois horários: das 13h às 17h e das 18h às 22h. Na unidade, os alunos aprendem como manusear as máquinas industriais de ponto fixo reta, em zigue-zague e costuras em overloque, além das técnicas de modelagem.

Aluna do curso, a técnica de contabilidade, Vanda Santos, de 52 anos, contou que além de poder gerar sua própria renda financeira, o aprendizado adquirido com as aulas possibilita que ela mesma fabrique suas próprias roupas. “Às vezes vamos comprar uma roupa e não fica legal no corpo. Podendo comprar o tecido, conseguimos fabricar uma peça do nosso seu jeito. O mais importante disso tudo é a economia para você mesma, além de sentir a sua autoestima lá em cima”, avaliou a aluna assumindo que não tinha nenhuma prática com a costura.

Professora do Senai há mais de 30 anos, Tânia de Souza Corrêa falou da satisfação de passar seu conhecimento aprendido com mãe e avó para os novos alunos. “Passar a nossa sabedoria para que as pessoas aprendam é muito gratificante. Estamos atuando com os que realmente estão necessitados para que eles galguem algum objetivo na vida”, relatou Tânia elogiando o desempenho da turma. “Os meus alunos são ótimos, dedicados e muito participativos. Eles estão aqui porque querem atuar nessa profissão e gerar renda também”, concluiu.

Contente com os resultados positivos obtidos por meio do Programa de Qualificação Profissional, a primeira-dama Rosana Horta ressaltou o orgulho de ver a prefeitura transformar a vida dos alunos e ex-alunos. “Ao mesmo tempo em que a pessoa está fazendo o curso, ela já está começando a costurar para fora. O mais importante para mim nisso é saber de pessoas que vieram de depressão, que estavam trancadas dentro de casa e ali começam a interagir com os outros, a conversar e a participar da vida. Isso é importante demais e eu fico muito feliz”, disse.

A paixão pela costura fez um grupo de 70 pessoas que trabalha na indústria têxtil, entre costureiras, bordadeiras, serígrafos (profissional que usa telas e dispositivos para copiar projetos gráficos sobre diversos tipos de material e superfícies como tecidos, metais, paredes e vidro) a buscar a criação de uma cooperativa. Esta ainda se encontra em processo burocrático para sua instituição.

Denominada Ubuntu (filosofia africana que trata da importância das alianças e do relacionamento das pessoas, ou seja, humanidade para com os outros), a cooperativa surgiu a fim de ajudar entre si os integrantes a gerarem suas próprias receitas. Assim, cada produto fabricado é fruto da criação coletiva, supre a necessidade de consumo, gera arrecadação de forma justa e solidária. O empreendimento econômico tem parceria com a Prefeitura através das secretarias de Economia Solidária e Trabalho.

De acordo com o secretário de Economia Solidária, Diego Zeidan, a prefeitura tem dado todo o apoio técnico e político à formação da cooperativa de costura, seja ajudando com o passo a passo da legalização, seja com a organização das cooperadas e com sua autogestão. “Nossa intenção é contribuir para uma cidade mais justa e igualitária dando oportunidade a todos para que possam competir em um mercado capitalista cada vez mais excludente”, afirmou.

O secretário de Trabalho, Reginaldo Mendes, salientou que com a cooperativa as costureiras vão poder futuramente produzir uniformes para as escolas e para os funcionários de empresas que aqui se instalarem. “São pessoas que têm conhecimento de corte e costura e que vão aprimorar através desse curso”, declarou. “É um outro curso que conseguimos fazer com o Senai e que vai garantir renda para as famílias. O nosso foco é esse. É melhorar a receita das famílias e nós temos conseguido fazer isso, graças a Deus”, completou.

Com 53 anos de idade, a salgadeira e manicure, Deise Cerqueira Lima conheceu a cooperativa através do curso de croché. Integrante da Ubuntu, a autônoma aguarda ansiosa os trâmites burocráticos para a validação da cooperativa. “Quando eu me sento de frente para a máquina de costura e produzo uma peça de vestuário me faz acreditar na minha e na nossa vitória. Tudo isso é um elixir de crescimento e empreendedorismo. Eu acredito e tenho fé que seremos grandes empreendedoras”, finalizou.

Também componente da Ubuntu, Eliana Feitosa Calmon contou que a costura fazia parte dos seus sonhos desde criança, quando observava o pedal das máquinas sendo guiado por sua vizinha. Vendedora de tapioca na praça central de Maricá, a autônoma explicou que resolveu entrar na cooperativa com o intuito de ter uma renda extra e ajudar as cooperadas a se firmarem no ramo. “Esperamos ter ganho financeiro e estimular as pessoas a andarem com suas pernas. Essa cooperativa está me ensinando isso e estou repassando para as pessoas também. Não esperar estar pronto para exercer e aproveitar as oportunidades que temos”, aconselhou.

Desde que foi contratado pela Prefeitura em outubro de 2014, o Senai, por meio do Programa de Qualificação Profissional, já formou mais de 3.000 alunos. Somente no curso de Operador de Computador, por exemplo, foram cerca de 330 formandos, seguido de Assistente Administrativo, com 240, e Solda com aproximadamente 165 graduados.

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Fotos: Clarildo Menezes

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