Moradores do MCMV de Inoã participam de palestra sobre câncer de mama

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Em homenagem ao Outubro Rosa, os moradores do Residencial Carlos Alberto Soares de Freitas (condomínio do Minha Casa Minha Vida de Inoã) participaram na tarde da última terça-feira (16/10) de uma palestra sobre câncer de mama realizada na unidade de Estratégia de Saúde Familiar (ESF) do residencial.

A enfermeira coordenadora da unidade de ESF do condomínio, Priscila Vieira de Marins, destacou a necessidade de reforçar a importância do autoexame mensalmente. “É de extrema necessidade debater sobre o assunto. A equipe está pronta para ajudar sempre. Somos uma corrente de saúde para atendermos os 4 mil moradores cadastrados”, destacou a coordenadora alertando que o câncer de mama é a segunda causa de morte das mulheres no Brasil.

A palestra foi ministrada pela enfermeira do Posto de Saúde Central, Renata Santos, que falou sobre os sinais da doença, a importância do autoexame para detecção precoce do câncer, explicou sobre os fatores genéticos, ambientais e hormonais que possam levar o desencadeamento da doença e ensinou aos presentes como realizar o autoexame de forma correta. “Esse exame deve ser realizado todo mês para detectar os primeiros sinais da doença e dessa forma seguir com o tratamento adequado. Se detectada cedo, a doença tem chance de cura de 100%”, alertou a enfermeira. Renata aproveitou para destacar os principais sinais e sintomas do câncer de mama: caroço fixo, endurecido e, geralmente, indolor; alterações no mamilo, mudança na pele, na cor, secreção com odor forte, veia ressaltada e assimetria entre as mamas.

Diagnosticada com um tumor na mama direita em 2014, quando tinha 29 anos, a enfermeira apresentou relatos do seu tratamento. “Meu estilo de vida me levou à doença. Fazia plantões de 12/36, dormia mal, comia besteira diariamente, não fazia atividade física, e, por causa do trabalho, vivia estressada. Mas, não considerei o câncer como uma sentença de morte. Fiz todo o tratamento, fiquei sem cabelo, mas enfrentei com coragem, fé e determinação. Minha cura foi possível porque foi diagnosticada precocemente”, explicou.

Renata também apresentou as leis que amparam pacientes com câncer e, em especial, o de mama. A lei 11.664, de 2008, e a portaria do Ministério da Saúde 61/2015, que garantem a realização gratuita do exame de mamografia; a lei 12.732, de 2012, que garante o início do tratamento para qualquer modalidade de tumor em até 60 dias após o diagnóstico; e a lei 12.802, de 2013, que permite a retirada e reconstrução, gratuitamente, da mama em uma só cirurgia.

Moradora do condomínio, Eulasenir Araújo, de 52 anos, confessou que não tem o hábito de realizar o autoexame. “Vou me policiar para fazer todo mês. A gente vai deixando pra lá, mas com saúde não podemos brincar. Estou com uma glândula na mama que está me incomodando, vou logo providenciar minha consulta com a ginecologista”, destacou.

A também moradora do residencial, Aline Maria Santana, de 21 anos, se interessou quando soube da palestra e adorou participar. “Foi excelente. Não sabia que tinha que realizar o autoexame todo mês. E nem sabia que o câncer de mama também podia dar em homem. Vou ficar de olho na saúde do meu marido também que provavelmente não sabe disso”.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, estimam-se 60 mil novos casos de câncer de mama para este ano, aumentando, progressivamente, em mulheres jovens. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

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Fotos: Clarildo Menezes

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