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Alunos conquistam medalhas em Olimpíada Nacional de Astronomia e Astronáutica

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Ratificando a qualidade do ensino municipal de Maricá, doze alunos de escolas da rede pública da cidade conquistaram medalhas de ouro e de bronze na 21ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), considerada a maior olimpíada científica do Brasil, organizada pela Agência Espacial Brasileira (AEB), em parceria com a Sociedade Astronômica Brasileira (SAB).

As medalhas foram para alunos das escolas municipais Vereador Osdevaldo Marins da Matta, Ministro Luis Sparano, Carlos Magno Legentil de Mattos, Marcus Vinicius Caetano Santana e CEM Joana Benedicta Rangel, tendo os alunos dessas quatro últimas unidades participado por meio do Grupo de Escoteiros Cidade de Maricá. Além desses alunos, outros 20 da rede estadual e particular também conquistaram medalhas, totalizando 32 estudantes, comprovando o alto o nível da educação no município.

A secretária de Educação, Adriana Luíza da Costa, falou sobre a importância de alunos da cidade participarem de competições educativas como essa. “É um orgulho para a educação do município termos essa quantidade de alunos premiados”, avalia. “Acredito que a medalha não seja o prêmio mais valioso, o principal é saber que nossas escolas incentivam a participação dos nossos estudantes nas mais diversas olimpíadas, que visam não só medir e aprofundar o conhecimento, mas, desenvolver talentos e competências. Ter medalhista da OBA é comprovar que temos uma educação pública de qualidade e comprometida com o futuro”, declarou a secretária.

Um dos medalhistas de ouro, o aluno Pedro Lucas Silva de Oliveira, de 15 anos, nasceu no Rio de Janeiro e há cinco anos mora em Maricá, no bairro de Santa Paula. Pedro é do 9º ano da Escola Municipal Vereador Osdevaldo Marins da Matta e conquistou o lugar mais alto do pódio disputando com 774.232 alunos de 8.456 escolas. Modesto e bem surpreso com a conquista, disse que não fez nenhuma preparação especial. “Nem acreditei quando soube. Fiquei feliz porque isso prova que tudo que aprendo em sala de aula está sendo assimilado de forma natural sem decorebas. Tenho boa memória e sou bem curioso, talvez isso tenha ajudado na conquista desse resultado”, destacou. Além das aulas, o aluno estuda em casa todos os dias pela manhã e, aos sábados, faz curso de inglês. “Sempre busco participar de provas e simulados como forma de me avaliar”.

Para o jovem, os desafios passados durante as aulas foram fundamentais para a conquista da medalha. “O ensino é puxado. Às vezes, não entendo, mas o professor explica quantas vezes for necessário. E, em casa, estudo mais ainda. Considero minha escola como a extensão da minha casa, somos uma grande família. Meus amigos estão todos aqui”, destacou o aluno que adora Matemática e Ciências.

Outra paixão do jovem, torcedor do Vasco da Gama, é o futebol. “Consigo conciliar os estudos com a pelada com os amigos e isso nunca me atrapalhou em nada. Posso dizer que esse é meu único vício. Não sou tão ligado em celular e em jogos de vídeos games. Não sou de ficar preso em tecnologia”, afirmou. Já com planos para o futuro bem traçados, o jovem irá em dezembro prestar prova para o curso técnico de Edificações do Instituto Federal Fluminense (IFF). “Mas, não quero parar por aí. Sonho em seguir carreira militar como Fuzileiro Naval. E, para conquistar isso, tenho que manter foco nos estudos”, acrescentou.

Sobre sua determinação, Pedro confessou seguir os conselhos de sua mãe, Marcele Silva Wasilewski, de 36 anos. “Ela sempre acreditou nos meus sonhos e me incentivou a estudar para conquistar o mundo. Ela me contava a história de um primo que quando era jovem não saía porque queria focar nos estudos, e hoje, ele está numa das patentes mais altas da Aeronáutica. E é esse exemplo que quero seguir”, declarou.

Marcele foi mãe aos 21 anos e por isso teve que parar de estudar. “Isso serviu de lição a não ser seguida e ser repassada para o Pedro e Sara, sua irmã, de quatro anos. Exijo mesmo porque considero ser fundamental conversar, vigiar, zelar e passar o que já vivi. Cobro notas acima da média, horários para brincar e estudar e acompanho a rotina escolar dos dois. Quero proporcionar-lhes oportunidades que não tive e o melhor caminho para isso é por meio da educação”. Orgulhosa com a medalha do filho, Marcele considera excelente a qualidade do ensino da escola. “A equipe escolar é muito participativa e dinâmica e o ensino é de alta qualidade, o mesmo de instituições particulares. Só tenho a elogiar”, acrescentou.

A professora de Ciências e Biologia, Viviane Perdono, de 36 anos, ressaltou a importância dessa conquista para a vida acadêmica dos alunos. “Este prêmio é importantíssimo para que nossos alunos possam acreditar no potencial que possuem e, para que nós, enquanto educadores, escola, família, possamos estar sempre motivados a apoiá-los, mostrando que o aprendizado mediado é capaz de promover resultados de sucesso”, salientou.

A diretora geral da unidade Allini Guimarães de Azevedo, de 35 anos, explicou que 100 alunos do 8º e 9º ano da Escola Municipal Vereador Osdevaldo Marins da Matta participaram da olimpíada com objetivo de criar possibilidades e abrir novos horizontes para os alunos. “Essa medalha foi um grande presente para nossa escola. A proposta é não impor limites aos sonhos deles e incentivá-los a enfrentar e vencer desafios. E isso se deve ao comprometimento integral da equipe como um todo, que engloba, desde os pais, a comunidade e a escola”, salientou a diretora da escola, que atende 608 alunos do 1º ao 9º ano. Para a diretora, que, inclusive, é ex-aluna da escola, esse resultado positivo é fruto de um trabalho conjunto que vem sendo feito ao longo dos anos. “A comunidade é parte integrante da escola. Somos uma unidade sem muros, onde os professores estão capacitados, com salários reajustados e em dia e isso reflete na educação que é passada aos alunos”, frisou.

Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica

Realizada há 21 anos, a olimpíada aconteceu no dia 18 de maio com a participação de alunos dos ensinos fundamental e médio de todo o Brasil de escolas públicas e particulares. A olimpíada é realizada há 21 anos em todo o Brasil. A disputa é dividida em quatro níveis – os três primeiros são para alunos do ensino fundamental e o quarto para os do ensino médio – e a prova foi composta por dez perguntas: sete de astronomia e três de astronáutica. A maioria das questões é de raciocínio lógico. As medalhas são distribuídas conforme a pontuação obtida por cada nível.

O astrônomo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenador nacional da olimpíada, João Batista Garcia Canalle, falou sobre a importância da prova. “Nosso objetivo é levar a maior quantidade de informações sobre as ciências espaciais para a sala de aula, despertando o interesse nos jovens”, destacou.

De acordo com o astrônomo, os alunos e os professores puderam se preparar para a prova por meio do aplicativo “Simulado OBA”, disponível para celulares, tablets e computadores, e pelo site da olimpíada, que fornece vídeos explicativos, além de provas e gabaritos das edições anteriores. “Queremos promover a disseminação dos conhecimentos básicos de forma lúdica e cooperativa entre professores e alunos, além de mantê-los atualizados”, explica João Canalle.

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Fotos: Elsson Campos

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