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Orquídeas encantam público maricaense

A 30ª Exposição de Orquídeas organizada pelo Circuito Orquidófilo Maricaense (Comar), com o apoio da Prefeitura de Maricá, aconteceu nos dias 16, 17 e 18/11, no Colégio Cenecista (Centro). No primeiro dia de evento, representantes de orquidários e convidados participaram de um coquetel, que contou ainda com uma competição de orquídeas e a presença do secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Júlio Carolino. Representantes do Orquida Rio, do Jardim Botânico e da Asson elegeram as primeiras colocadas de acordo com as espécies brasileiras e híbridas (plantas cruzadas). A relação de escolhidas contou com espécies como huntleya meleagris, phalaenopsis lueddemanniana, cattleya venosa, maxillaria tenuifolia, phragmipediun schroederae, v. pratat muang ratch e l. purpurata “roxo bispo”.

Moradora da Mumbuca, Ana Carla Maciel (41 anos) estava com a cunhada Maria Nazaré de 48 anos e contou que passou a gostar das orquídeas após uma forte depressão. “Para me ajudar, minha cunhada começou a me falar das orquídeas. Gostei e comecei a colecionar. Foi assim que venci a doença. Eu já tinha 45 orquídeas, ontem levei mais nove e agora estou comprando mais seis. Dá muito trabalho e eu deixo até de fazer as coisas dentro de casa para cuidar das minhas plantas, mas vale a pena. Hoje, por exemplo, eu deixei de ir à praia para estar aqui de novo”, contou sorridente.

Daniele Abuchi (38 anos), moradora de Itapeba também é amante de orquídeas. “Comprei três falianopolis de cores diferentes que eu vou colocar nas árvores porque é onde vivem melhor. Normalmente é o que faço depois que elas acabam de florescer, amarro na área externa. Mas isso só depois que as flores caem. Algumas ficam em torno de 90 dias dependendo da flor, outras florescem o ano inteiro direto”, disse.

Presidente da Comar, Vera Abreu falou sobre a importância do cuidado com as orquídeas desde o embrião até a floração de orquídeas, ressaltando que a conscientização da população ajuda a reduzir o “assalto” à natureza. “A cattleya forbesie, que é uma orquídea nativa de Maricá e foi usada como nosso símbolo da exposição, era vista em vários locais da cidade. Mas foram arrancando e acabaram com quase todas. O homem vai destruindo o planeta até que vai chegar uma hora em que o planeta não vai responder mais”, disse. Todo o processo pelo qual uma cattleya forbesie passa desde que ainda é uma semente, passando por sua polinização, semeio em cultura, etapas coletivas e individuais até sua primeira floração podia ser acompanhada por quem passava pelo local, num espaço dedicado ao Orquidário Anaflora, de Eduardo (55 anos) e Alberto Costa (81 anos), únicos produtores maricaenses.

“O cultivo de orquídea demanda tempo, por isso seu preço acaba sendo mais alto, mas não é difícil de cuidar, embora requeira observação e paciência por florescer no tempo dela. Algumas levam cinco anos para começar a florescer. Algumas espécies florescem o ano inteiro. Mas na nossa cidade, a melhor época para exposição é maio, porque a temperatura está mais amena e mais orquídeas florescem”, explicou Eduardo, admitindo que colecionadores chegam a pagar cerca de R$ 50 mil por algumas espécies. “Eu me apaixonei pela orquídea depois que um patrão que eu tive ganhou uma de presente. Perdi até o emprego porque ficava cuidando dela. Ainda hoje, eu me dedico a cuidar de orquídeas. Algumas eu sei que vão demorar 30 anos para florescer, mas eu não tenho pressa de morrer”, completou o pai, confiante.

Proprietário do Itaorchis, Jorge Luiz Abreu falou sobre a importância de desmistificar a existência de plantas com alto custo por serem raras. “Não existe planta rara. Isso seria uma planta que foi achada em algum lugar e que não existisse outra, só que 99,9% das plantas podem ser propagadas em laboratório. Existem plantas que são consideradas caras porque vem de fora e outras que são difíceis de se achar. Nós não temos nenhuma delas aqui hoje. A planta mais cara que eu veria aqui seria em torno de R$ 100 e não pela espécie da planta em si, mas pelo tamanho grande dela”, ensinou, admitindo ter realizado uma quantidade razoável de vendas.

Fotos: Marcos Fabrício

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