Projeto Humanizarte leva música de qualidade a pacientes internados
De repente ouve-se uma linda canção de Roberto Carlos e o silêncio da enfermaria do Hospital Municipal Conde Modesto Leal se quebra. São os músicos Dalva Alves e Ronaldo Valentim que percorrem as alas masculinas e femininas levando músicas da MPB aos pacientes e acompanhantes.
Dalva Alves é uma das idealizadoras do projeto Humanizarte que tem o objetivo de levar um carinho em forma de música aos pacientes internados nas enfermarias femininas e masculinas.Uma junção de humanização e arte, da Secretaria de Cultura em parceria com a Saúde. O projeto acontece toda segunda-feira após o horário de visita do hospital municipal.
“No início tive um pouco de medo que não desse certo, por estar entrando num campo delicado. Mas foi a forma que encontramos de nos introduzir sem chatear ou desrespeitar a dor dos pacientes. Fomos muito bem aceitos por eles e agora reclamam quando nos atrasamos”, comentou entre risos.
A aposenta Joacy Neves de Souza, de 75 anos ficou muito contente com a chegada dos músicos e tratou de ficar bem bonita. “Gosto bastante quando começam a cantar sambas. Me lembro de quando era mais jovem e frequentava as escolas de samba, bons tempos”, comentou.
A acompanhante Valcinea da Silva Marins disse que o clima na enfermaria muda quando eles chegam,trazendo alegria ao ambiente. “Os pacientes ficam animados com a música. Eles procuram trazer um pouco de acalento, já que muitos estão com a saúde bem fragilizada”, relatou.
O coordenador da Humanização do Hospital Municipal Conde Modesto Leal, Jessé Miranda Paz disse que ações como essa fazem parte da Política Nacional de Humanização e tem como propósitos: contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS com os princípios e as diretrizes da humanização; fortalecer iniciativas de humanização existentes; desenvolver tecnologias relacionais e de compartilhamento das práticas de gestão e de atenção; aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e metodologias de apoio a mudanças sustentáveis dos modelos de atenção e de gestão e Implementar processos de acompanhamento e avaliação, ressaltando saberes gerados no SUS e experiências coletivas bem-sucedidas.
“Além da música, temos outras iniciativas como os palhaços e pintura. Queremos transformar o ambiente hospitalar no mais próximo da casa dos pacientes. Cuidamos mais da saúde e menos da doença. Nosso foco é manter a mente deles boa”, comentou.
Foto: Paulo Polônio
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