Com o slogan “Joga a Mumbuca pro alto”, o Banco Comunitário Popular de Maricá deu o pontapé inicial no Maricarnaval 2019, reunindo funcionários e beneficiários em frente à agência que fica na Rua Pereira Neves (Centro), no último sábado, 23/02, para comemorar a folia.
No trio elétrico, o cantor Claudinho Guimarães, que é o compositor do hino da moeda social, animava a multidão. Adriano Pavarotti no vocal e Wagner Mariano no cavaquinho enriqueciam ainda mais o samba da moeda social, do Salgueiro e sucessos de todos os tempos entoados por ele, como “Não quero dinheiro” e “Ilariê”.
“Para mim foi um prazer imenso ter recebido a incumbência de fazer o primeiro samba desse bloco que está muito familiar. Maravilhoso. Eu tenho muito orgulho de estar fazendo parte desse projeto”, disse Claudinho Guimarães.
Da concentração, o grupo partiu caminhando pela Avenida Nossa Senhora do Amparo até a Praça Orlando de Barros Pimentel.
Secretário de Economia Solidária, responsável pela criação da moeda Mumbuca, Diego Zeidan explicou que o objetivo do bloco é incentivar as pessoas a abrirem suas contas e movimentar a economia da cidade. “O bloco foi uma forma de estimular o uso da moeda social, divulgar que essa moeda não é mais só para o benefício do bolsa mumbuca e que qualquer pessoa pode abrir sua conta e que isso pode ser feito a qualquer momento, apenas apresentando identidade. Toda vez que você usa a moeda social, financia a política de crédito do Banco Mumbuca que pode dar crédito a juros zero”, destacou.
Presidente do Banco, Natália Sciammarella confirmou que realmente o número de contas aumentou. “A procura pela abertura de conta corrente foi enorme. O pessoal está aderindo e depositando para fazer o dinheiro circular na cidade”, completou.
Aurea Junger, 55 anos, moradora de Cordeirinho, foi uma delas. “Abri a conta hoje (sábado, dia 23/02), com o objetivo de ser mais uma a somar no projeto porque acredito que assim, conseguimos ajudar o município economicamente. Também pretendo futuramente poder ajudar meu irmão que sofre de paralisia cerebral, já que a partir de um projeto, acabamos inseridos em outros. Hoje, trouxe meu irmão para o bloco, para mostrar que as pessoas têm que aprender a lidar com as diferenças. Não precisam se esconder. Juntos somos mais fortes”, frisou sorridente ao lado da mãe e do irmão.
Fotos: Elsson Campos
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