Banco Mumbuca vai financiar materiais de construção pelo Casa Melhor

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O diretor do Instituto Banco Palmas e responsável pela assessoria ao Banco Comunitário Mumbuca, Joaquim Melo, reuniu representantes de associações de moradores e comerciantes do setor de construção civil para apresentar a nova linha de credito do Banco Mumbuca. O “Casa Melhor” tem como objetivo facilitar, principalmente, às famílias carentes a realização de pequenas obras ou reparos em suas casas. Em fase piloto, o projeto vai liberar um valor limite de 600 mumbucas a serem pagas em até 10 vezes.

A iniciativa faz parte de um acordo firmado entre o Banco Mumbuca e a prefeitura, através das secretarias de Economia Solidária e de Habitação e Assentamentos Humanos. Para conseguir o empréstimo, o interessado deverá formar um grupo de, no máximo, 10 famílias. Assim, cada integrante será o fiador social do outro. Nesta primeira fase, já em andamento, serão atendidas, segundo Joaquim Melo, 200 famílias indicadas por associações de moradores, fundações culturais, entidades religiosas ou pessoalmente no Banco Mumbuca.

Com o grupo formado, a pessoa fará uma tomada de preço em uma das lojas de materiais de construção cadastradas. O Banco, a partir daí, repassa o valor orçado para a loja e o inscrito no financiamento retira o material. O pagamento é feito em Mumbuca, que segundo Joaquim, é fundamental para fazer o dinheiro circular na cidade, movimentando a economia local. “Além de melhorar as moradias, gerar renda – que é a lógica do banco comprando no próprio bairro, queremos fomentar o associativismo e reforçar as organizações comunitárias de Maricá”, afirmou. A ideia é que a reforma da casa possa ser feita em mutirão onde uma pessoa ajude a outra.

O coordenador do Observatório de Políticas Públicas da Secretaria de Economia Solidária, Nathan Costa, participou do encontro representando o secretário da pasta, Diego Zeidan. Para Nathan, a iniciativa é mais uma forma de pensar mecanismos que possam melhorar a vida da população de baixa renda. “Esta é mais uma estratégia para pensar a vida das pessoas pautada na dignidade”, destacou.

Para a representante do Centro Cultural Zumbi dos Palmares em Itaipuaçu, Luciana Correa, a iniciativa além de resgatar a dignidade das pessoas de menor poder aquisitivo faz com que a economia da cidade cresça. Luciana, afirmou que por durante 16 anos trabalhou como gerente de banco e vê com bons olhos a iniciativa do Banco Mumbuca. “Conhecer este projeto para mim é muito importante porque é um outro lado de uma instituição bancária dentro dos fins que eu atuo hoje que é o social. Vejo como uma forma positiva de crescimento econômico do nosso município”, afirmou.

Proprietário de uma loja de materiais de construção, Fernando Ramos, faz coro ao pensamento da representante do Centro Cultural. Ele acrescenta que, como o financiamento tem o viés social sempre que possível dará um desconto maior nas compras. “Acho importante o dinheiro circular na cidade. Muito importante este financiamento para atender uma necessidade de pequenos reparos nas casas das pessoas mais carentes no município. Dar dignidade, melhorar a vida daqueles que mais precisam. Eu como comerciante quando puder vou dar um desconto a mais fazendo minha parte também”, destacou.

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